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Mais da metade dos postos diplomáticos pode ser insegura

Afirmação partiu de um alto funcionário norte-americano, meses depois do ataque que matou quatro pessoas no consulado dos Estados Unidos em Benghazi

Em dezembro, uma revisão independente descreveu as precauções de segurança na cidade como "flagrantemente inadequadas para lidar com o ataque ocorrido" (Ronald Martinez/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 08h39.

Washington - Mais de metade dos postos diplomáticos dos EUA pode não cumprir plenamente os padrões de segurança, disse um alto funcionário norte-americano em uma audiência na quinta-feira, meses depois do ataque que matou quatro pessoas no consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia.

Pat Kennedy, subsecretário de Estado para assuntos de gestão, disse a uma subcomissão orçamentária da Câmara dos Deputados que os EUA têm sedes diplomáticas em 283 locais do mundo, das quais 97 foram abertas depois de uma lei de 1999 que garantia verbas adicionais para a segurança de embaixadas e consulados.

"Restam aproximadamente 158 postos que têm instalações que podem não atender plenamente os atuais padrões de segurança", disse ele. "Muitas dessas instalações foram construídas ou adquiridas antes do estabelecimento dos atuais padrões de segurança, e outras estão sujeitas a exceções e/ou isenções autorizadas." Kennedy prestou depoimento por escrito em uma audiência sigilosa da subcomissão que supervisiona o Departamento de Estado, mas seus comentários foram posteriormente publicados em um site da Câmara.

A questão da segurança nas embaixadas desperta especial atenção desde o atentado de 11 de setembro de 2012 em Benghazi, que resultou na morte do embaixador dos EUA na Líbia e de três outros funcionários.


Em dezembro, uma revisão independente descreveu as precauções de segurança na cidade como "flagrantemente inadequadas para lidar com o ataque ocorrido".

Outro funcionário do Departamento de Estado disse que vários fatores, incluindo o preço dos combustíveis e das obras, contribuem para a demora na melhoria das condições de segurança.

"Para acomodar nossas exigências de construção, instalar funcionários e obtermos o recuo necessário (em relação aos limites do terreno), buscamos áreas com cerca de 7 a 10 acres (28-40 mil metros quadrados) de terreno para construção. Isso pode ser desafiador de encontrar em uma capital", disse o funcionário à Reuters.

Uma parlamentar presente na audiência afirmou que parte do problema é que muitas sedes diplomáticas dão diretamente para ruas, o que as torna mais vulneráveis a carros-bombas e outros ataques.

A lei norte-americana relativa à segurança de embaixadas e consulados foi adotada depois dos atentados do ano anterior contra as sedes diplomáticas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, cometidos pela Al Qaeda.

Além de liberar verbas para a segurança, a lei prevê também que novas embaixadas e consulados devem ser construídos a pelo menos 30 metros dos limites do terreno.

Kennedy disse que o Congresso liberou cerca de 10 bilhões de dólares para a segurança diplomática desde 1999, e que há atualmente 37 projetos em fase de concepção ou construção.

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Washington - Mais de metade dos postos diplomáticos dos EUA pode não cumprir plenamente os padrões de segurança, disse um alto funcionário norte-americano em uma audiência na quinta-feira, meses depois do ataque que matou quatro pessoas no consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia.

Pat Kennedy, subsecretário de Estado para assuntos de gestão, disse a uma subcomissão orçamentária da Câmara dos Deputados que os EUA têm sedes diplomáticas em 283 locais do mundo, das quais 97 foram abertas depois de uma lei de 1999 que garantia verbas adicionais para a segurança de embaixadas e consulados.

"Restam aproximadamente 158 postos que têm instalações que podem não atender plenamente os atuais padrões de segurança", disse ele. "Muitas dessas instalações foram construídas ou adquiridas antes do estabelecimento dos atuais padrões de segurança, e outras estão sujeitas a exceções e/ou isenções autorizadas." Kennedy prestou depoimento por escrito em uma audiência sigilosa da subcomissão que supervisiona o Departamento de Estado, mas seus comentários foram posteriormente publicados em um site da Câmara.

A questão da segurança nas embaixadas desperta especial atenção desde o atentado de 11 de setembro de 2012 em Benghazi, que resultou na morte do embaixador dos EUA na Líbia e de três outros funcionários.


Em dezembro, uma revisão independente descreveu as precauções de segurança na cidade como "flagrantemente inadequadas para lidar com o ataque ocorrido".

Outro funcionário do Departamento de Estado disse que vários fatores, incluindo o preço dos combustíveis e das obras, contribuem para a demora na melhoria das condições de segurança.

"Para acomodar nossas exigências de construção, instalar funcionários e obtermos o recuo necessário (em relação aos limites do terreno), buscamos áreas com cerca de 7 a 10 acres (28-40 mil metros quadrados) de terreno para construção. Isso pode ser desafiador de encontrar em uma capital", disse o funcionário à Reuters.

Uma parlamentar presente na audiência afirmou que parte do problema é que muitas sedes diplomáticas dão diretamente para ruas, o que as torna mais vulneráveis a carros-bombas e outros ataques.

A lei norte-americana relativa à segurança de embaixadas e consulados foi adotada depois dos atentados do ano anterior contra as sedes diplomáticas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, cometidos pela Al Qaeda.

Além de liberar verbas para a segurança, a lei prevê também que novas embaixadas e consulados devem ser construídos a pelo menos 30 metros dos limites do terreno.

Kennedy disse que o Congresso liberou cerca de 10 bilhões de dólares para a segurança diplomática desde 1999, e que há atualmente 37 projetos em fase de concepção ou construção.

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