Plataforma de petróleo: Petra, OGX e Sabre não pagaram os bônus exigidos para ficar com 14 das 20 áreas ofertadas na Bacia do Parnaíba (Yuriko Nakao/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 21h51.
Rio de Janeiro - A desistência de algumas petroleiras na 11a Rodada de Licitações atingiu mais da metade do total de blocos arrematados na Bacia do Parnaíba, uma das mais disputadas no leilão de maio, segundo informou nesta sexta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Petra, OGX e Sabre não pagaram os bônus exigidos para ficar com 14 das 20 áreas ofertadas na bacia, deixando para o segundo colocado uma nova chance de ficar com esses blocos, de acordo com as regras da ANP.
O problema é que a maioria desses blocos deixados na Bacia do Parnaíba tem como segundo colocado as mesmas empresas que deixaram de pagar pelo que arremataram, porque foram rivais em várias disputas.
O caso do PN-T-169, por exemplo, é emblemático, tendo como vencedora a Sabre, seguida de OGX, e Petra em terceiro lugar. Vários outros blocos não têm candidatos além de OGX e Petra.
A petroleira de Eike Batista enfrenta grave dificuldade financeira e devolveu nove blocos arrematados no leilão, enquanto a Petra informou à Reuters que não ficaria com nenhuma área da Bacia do Parnaíba para se concentrar em outras bacias.
A empresa que poderá ficar com alguns desses blocos do Parnaíba é a Ouro Preto, do empresário Rodolfo Landim. Outras empresas de pequeno porte, como a Alvo petro e Geopark também têm chance de ficar com algum bloco, pelas regras da ANP.
Desistências
A ANP informou nesta sexta-feira que recebeu o pagamento de bônus de assinatura de 118 dos 142 blocos arrematados na 11a Rodada de Licitações.
Cinco empresas de pequeno e médio porte no setor de petróleo desistiram de um total de 24 blocos arrematados na 11a Rodada.
Além de OGX e Petra Energia, desistiram de áreas Brasoil Manati Exploração Petrolífera, Irati Petróleo e Energia e Sabre Internacional de Energia.
A Reuters antecipou que Petra, uma das empresas que arrematou mais blocos no leilão de maio, desistiu de nove áreas, entre as 28 que disputou e venceu.
O prazo para o pagamento do bônus, condição necessária para assinatura dos contratos, terminou no último dia 30 de agosto.
Com a não assinatura do contrato pelos vencedores dos blocos, a ANP convocará os concorrentes remanescentes "para manifestar seu interesse em assinar o contrato, honrando os valores constantes da oferta vencedora, no prazo de cinco dias úteis após a publicação de comunicado no Diário Oficial da União".