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Maioria dos americanos apoia serviço militar de transgêneros

A pesquisa sugere que o país discorda amplamente do anúncio de Donald Trump desta semana de que irá banir transgêneros das Forças Armadas

Trump: "Até mesmo o presidente não deveria ser capaz de tirar direitos de algumas pessoas só porque ele pode não gostar delas", disse um eleitor de Trump (Chris Kleponis/Getty Images)

Trump: "Até mesmo o presidente não deveria ser capaz de tirar direitos de algumas pessoas só porque ele pode não gostar delas", disse um eleitor de Trump (Chris Kleponis/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de julho de 2017 às 18h58.

Nova York - A maioria dos norte-americanos acredita que transgêneros devem ter permissão de servir nas Forças Armadas, segundo uma pesquisa de opinião exclusiva da Reuters/Ipsos divulgada nesta sexta-feira.

A pesquisa realizada de 26 a 28 de julho sugere que o país discorda amplamente do anúncio do presidente Donald Trump desta semana de que irá banir transgêneros das Forças Armadas.

Quando solicitados a ponderar sobre o debate, 58 por cento dos adultos concordou com a afirmação que "transgêneros devem ter permissão de servir nas forças armadas"; 27 por cento responderam que não deveriam, enquanto o restante não soube responder.

Democratas em sua maioria apoiavam o serviço militar de norte-americanos transgêneros, enquanto os republicanos estavam mais divididos.

Entre os republicanos, 32 por cento responderam que transgêneros devem ter permissão de servir, enquanto 49 por cento responderam que não deveriam ter. Outros 19 por cento de republicanos disseram não saber.

O público também se dividiu sobre o impacto do banimento de transgêneros. Trinta e dois por cento disseram que iria "prejudicar a moral" dos militares, enquanto 17 por cento afirmaram que iria "melhorar a moral". Outros 33 por cento sentiam que "não teria impacto" e o restante disse não saber.

Quando perguntados sobre o impacto em capacidades militares, 14 por cento disseram que a proibição de transgêneros tornava as forças militares "mais capazes", enquanto 43 por cento disseram "não ter impacto", 22 por cento apontaram que as tornavam "menos capazes" e o restante afirmou não saber.

O anúncio do presidente, feito em publicações em sua conta no Twitter, surpreendeu muitas autoridades militares sêniores e parece ter buscado se antecipar a uma revisão em curso no Pentágono sobre sua inclusão de transgêneros.

A autoridade militar mais sênior dos Estados Unidos, o general dos Fuzileiros Navais Joseph Dunford, disse que os militares não irão alterar suas políticas atuais até que recebam instruções adicionais do secretário de Defesa de Trump.

Roger Kaikko, um eleitor de Trump de 61 anos do Estado de Ohio que participou da pesquisa de opinião, disse discordar do presidente.

"Até mesmo o presidente não deveria ser capaz de tirar direitos de algumas pessoas só porque ele pode não gostar delas", disse Kaikko. "Elas são pessoas também. A não ser que estejam causando problemas, elas deveriam servir como qualquer outra pessoa."

A pesquisa de opinião Reuters/Ipsos foi realizada online em inglês pelos Estados Unidos. A pesquisa obteve respostas de 1.249 adultos, incluindo 533 democratas e 434 republicanos. A pesquisa possui um intervalo de credibilidade, uma medida de exatidão, de 3 pontos percentuais para o grupo inteiro e 5 pontos percentuais para democratas e republicanos.

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