Maior refinaria do Iraque está com rebeldes, dizem ativistas
Refinaria de Biji, ao norte de Bagdá e a maior do Iraque, se encontra sob o controle dos insurgentes sunitas, afirmaram ativistas locais
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2014 às 18h06.
Bagdá - A refinaria de Biji, ao norte de Bagdá e a maior do Iraque , se encontra sob o controle dos insurgentes sunitas desde ontem após dias de enfrentamentos com as forças governamentais, afirmaram nesta terça-feira à Agência Efe vários ativistas locais.
Essas declarações contradizem as do porta-voz do Exército iraquiano, Qasem Ata, que hoje assegurou que seus homens seguem dominando a refinaria de petróleo.
O ativista Nuaman Jassim, que vive na cidade de Biji, localizada na província de Saladino, explicou por telefone que os rebeldes tomaram o controle dessa instalação após duros combates com as tropas governamentais que faziam a segurança do local.
Jassim acrescentou que os rebeldes lançaram uma ofensiva contra a estação ontem e os combates continuaram durante todo dia, o que causou a morte de três insurgentes.
Posteriormente, os xeques tribais conseguiram "um pacto" com as tropas governamentais e as forças especiais para que se retirassem do local em troca de garantir sua segurança, assegurou.
Jassim disse que, desde então, várias facções, entre elas combatentes tribais e membros do jihadista Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL), controlam essa refinaria.
Além disso, o ativista disse que as tropas iraquianas se dirigiram à cidade de Al Sharqat, ao norte de Biji.
Um responsável do Centro de Informação da Primavera Iraquiana, que é uma conhecida página opositora no Facebook, confirmou à Efe a retirada do Exército e precisou que os rebeldes se colocaram nos arredores da refinaria para evitar bombardeios da aviação iraquiana em seu interior.
O porta-voz do Exército iraquiano assegurou hoje que suas tropas controlam totalmente a refinaria de Biji após repelir um ataque dos membros do EIIL.
Ata desmentiu que os jihadistas tomaram a refinaria graças a uma mediação tribal, embora seja difícil de verificar qualquer uma das versões na situação de conflito que vive o país.