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Maia pede suspensão de delação premiada para Durval Barbosa

Benefício foi concedido ao ex-secretário de Relações Institucionais do DF após a colaboração no caso do mensalão do DEM e da Operação Caixa de Pandora

Marco Maia, presidente da Câmara, acredita que Durval tenha mais informações (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 14h54.

Brasília - O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu hoje (10) a suspensão do benefício da delação premiada concedido ao ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa. A benesse foi obtida por ter colaborado com as investigações que resultaram na Operação Caixa de Pandora e no escândalo conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

Após reunião com o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Francisco Caputo, Maia afirmou que Durval pode não ter repassado à Justiça todas as informações sobre o escândalo de pagamento de propina a parlamentares da base de apoio ao governo do Distrito Federal durante o mandato de José Roberto Arruda e poderia usá-las em benefício próprio ou para fazer chantagem.

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“Conversei com o presidente Caputo que temos que cogitar que seja cassada a condição de delação premiada [concedida a Durval] porque parece que estão sendo divulgadas as fitas de forma aleatória. O princípio da delação premiada pressupõe que todas as informações a respeito do processo venham à tona e sejam colocadas de forma clara e objetiva para a sociedade”, disse Maia.

De acordo com o presidente da Câmara, pode haver mais de 200 fitas gravadas por Durval, e a maior parte delas ainda não foi divulgada. “Há a expectativa de que existam mais de 200 fitas de vídeo e essa [em que a deputada Jaqueline Roriz (PMN) aparece recebendo dinheiro] seja a 31ª que está sendo divulgada. É necessário avançar no sentido de garantir à sociedade brasileira o conjunto das informações sobre esse processo”, ressaltou.

Para Marco Maia, é fundamental que todas as informações referentes ao episódio sejam repassadas à Justiça e divulgadas para a sociedade. “É estranho o fato de que essas gravações cheguem somente agora. Não é possível que se permaneça essa situação de que em cada semana, em cada mês, em cada ano se divulgue uma fita nova”, acrescentou.

O presidente da Câmara disse ainda que está aguardando resposta do pedido que fez ao Ministério Público de mais informações sobre o processo. “Estamos buscando mais informações sobre o caso e sobre as investigações já realizadas pelo Ministério Público. Vamos, agora, aguardar o envio das informações.

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