Mohamed Badie, após a prisão: Badie e seus adjuntos, Jairat al Chater e Rashad Bayumi, podem pegar a pena de morte (AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 10h48.
Cairo - Os três magistrados do julgamento de vários dirigentes da Irmandade Muçulmana por "incitação ao assassinato" de manifestantes desistiram de permanecer no caso devido à atitude dos acusados, que durante a audiência gritaram palavras de ordem contra o governo egípcio.
O julgamento já havia sido adiado uma primeira vez em 29 de outubro, depois que os três juízes se retiraram invocando "um caso de consciência".
Nesta quarta-feira, Mohamed Badie, guia supremo da Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence o presidente deposto Mohamed Mursi, seus dois adjuntos e outros dirigentes perturbaram a audiência gritando palavras de ordem contra o governo instalado em 3 de julho passado pelos militares.
O presidente da audiência, o juiz Mostafa Salama, suspendeu a audiência brevemente para acalmar os ânimos, mas, ao reiniciar o julgamento, os incidentes voltaram a acontecer.
Badie e seus adjuntos, Jairat al Chater e Rashad Bayumi, podem pegar a pena de morte no caso que envolve a morte de nove manifestantes anti-Mursi em 30 de junho.