Mundo

Mães de Maio pedem que Papa aja contra pobreza na Argentina

A presidente da associação evitou falar sobre os desaparecidos durante a ditadura (1976-1983) para se dedicar à atual situação dos pobres e desempregados


	Pobreza: a presidente da associação evitou falar sobre os desaparecidos durante a ditadura (1976-1983) para se dedicar à atual situação dos pobres e desempregados
 (Getty Images)

Pobreza: a presidente da associação evitou falar sobre os desaparecidos durante a ditadura (1976-1983) para se dedicar à atual situação dos pobres e desempregados (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2016 às 19h41.

O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, em sua residência de Santa Marta, no Vaticano, a presidente da associação Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, que criticou o presidente argentino, Mauricio Macri.

"Sua pátria necessita de sua palavra", disse Bonafini ao Papa, ao denunciar "a violência institucional" que sofre a Argentina com a alta dos preços de alimentos e serviços, o fechamento de fábricas e a perda de empregos.

"Estive duas horas contando o que está acontecendo", revelou Bonafini durante entrevista coletiva em um hotel de Roma.

A ativista dos direitos humanos, 87 anos, destacou que evitou falar sobre os desaparecidos durante a ditadura (1976-1983) para se dedicar à atual situação dos pobres e desempregados do país e denunciar o governo liberal de Macri.

"Em cinco meses este governo destruiu o que fizemos durante 12 anos", lamentou Bonafini na conversa com o Papa argentino, em referência ao governo dos presidentes peronistas Néstor e Cristina Kirchner.

Francisco, que foi eleito Papa em 2013 e ainda não visitou seu país de nascimento como Sumo Pontífice, era muito criticado por Bonafini quando era arcebispo de Buenos Aires.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaMauricio MacriPapa FranciscoPapas

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame