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Mãe de vítima de neonazista diz que filha comoveu o mundo

Heyer, de 32 anos, morreu ao ser atropelada por um carro que foi jogado contra uma multidão de pessoas em uma manifestação anti-racista no sábado

Heather Heyer: "Trataram de matar a minha filha para que se calasse. Bom, adivinhem, só a magnificaram" (Jonathan Ernst/Reuters)

Heather Heyer: "Trataram de matar a minha filha para que se calasse. Bom, adivinhem, só a magnificaram" (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 16h13.

Última atualização em 16 de agosto de 2017 às 16h26.

Washington - Susan Bro, a mãe de Heather Heyer, a jovem morta neste final de semana em Charlottesville (Virgínia) pelas mãos de um neonazista, afirmou nesta quarta-feira que ao tirarem a vida de sua filha, "trataram que se calasse", mas com sua morte só "a magnificaram".

"Trataram de matar a minha filha para que se calasse. Bom, adivinhem, só a magnificaram", afirmou Bro durante o serviço religioso celebrado nesta quarta-feira em memória de sua filha no Teatro Paramount de Charlottesville.

"Isto é o que quero que aconteça. Muita gente me pergunta o que pode fazer. Estou lendo páginas e páginas sobre como ela está comovendo o mundo. Quero que isto se expanda, quero que isto seja o início do legado de Heather", acrescentou sua mãe.

Bro insistiu que cada pessoa tem que buscar dentro de si mesma "essa parcela de responsabilidade" e se perguntar o que pode fazer por um mundo melhor.

A mãe de Heyer disse ter preferido uma cerimônia privada para chorar por sua filha, mas aceitou o ato público celebrado hoje a fim de que a sua morte sirva para continuar lutando contra o racismo.

Durante o serviço religioso de hoje, ao qual os presentes compareceram vestidos de violeta - a cor favorita da morta -, o avô de Heyer, Elwood Shrader, lembrou a paixão com a qual sua neta se envolvia naquilo que acreditava.

Segundo relatou Shrader, Heyer já mostrava o seu ímpeto por justiça desde pequena e "denunciava o que não lhe parecia correto", mas se não estava de acordo com o ponto de vista de alguém, ainda queria entendê-lo.

"Ela se deu conta de que todos necessitamos de perdão e todos devemos estender esse perdão. Enquanto pensamos nela hoje, estamos muito orgulhosos dela," acrescentou.

Ainda que até o momento o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tenha entrado em contato com a família da vítima, lembrou de Heyer dizendo que será "lembrada por todos".

"Serviço comemorativo de hoje para a formosa e incrível Heather Heyer, uma jovem verdadeiramente especial. Ela será recordada por todos!", disse o governante em sua conta no Twitter.

Heyer, de 32 anos, morreu ao ser atropelada por um carro que foi jogado contra uma multidão de pessoas que protestavam em uma manifestação anti-racista contra os supremacistas brancos na Virgínia.

O suposto motorista, James Alex Fields Jr., foi fotografado assistindo ao evento e foi detido e acusado de assassinato em segundo grau após o atropelamento, no qual várias pessoas também ficaram feridas.

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