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Mãe de Foley sentiu que caso do filho era incômodo para EUA

Mãe do primeiro jornalista executado pelo Estado Islâmico disse que sentiu que o caso havia sido um incômodo para o governo dos EUA

Diane e John, pais de James Foley: "Jim acreditou até o final que seu país o ajudaria" (Dominick Reuter/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 10h45.

Washington - A mãe do jornalista americano James Foley, executado pelo Estado Islâmico ( EI ), disse que sentiu que o caso de seu filho havia sido um incômodo para o governo dos Estados Unidos .

Diane Foley contou em uma entrevista transmitida na quinta-feira pela CNN que sua família foi advertida de que poderia ser acusada se tentasse arrecadar dinheiro para pagar o resgate de seu filho.

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Também disseram que não haveria troca de prisioneiros por Foley, e que o governo não realizaria nenhuma ação militar, explicou a mãe.

A família recebeu o pedido de não falar com a imprensa e "confiar que tomariam conta do caso".

"Como americana, me sentia envergonhada e chocada", disse Foley.

"Acredito que nossos esforços para libertar Jim foram um incômodo" para o governo americano, acrescentou.

"Não parecia estar em nossos interesses estratégicos".

A morte do repórter freelancer, de 40 anos, se tornou pública no dia 19 de agosto em um vídeo divulgado pelo EI no qual ele aparece sendo decapitado.

O EI disse que sua execução era uma resposta aos ataques aéreos dos Estados Unidos contra as posições deste grupo jihadista. Uma semana depois publicaram outra gravação que mostrava a decapitação de outro jornalista americano, Steven Sotloff.

Foley cobriu as guerras de Afeganistão, Líbia e Síria para a AFP ou o GlobalPost, entre outros. Foi capturado por homens armados no norte da Síria em 2012.

"Jim teria ficado triste. Jim acreditou até o final que seu país o ajudaria", disse a mãe do repórter.

"Nos disseram para confiarmos que seria libertado de alguma forma, de forma milagrosa", disse Foley. "E não foi", completou.

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