Mundo

Maduro reitera convite a Biden para iniciar 'nova era' nas relações EUA-Venezuela

Maduro rompeu relações com os Estados Unidos em janeiro de 2019, quando Washington reconheceu o opositor Juan Guaidó como "presidente interino"

Maduro rompeu relações com os Estados Unidos em janeiro de 2019, quando Washington reconheceu o opositor Juan Guaidó como "presidente interino" (Carolina Cabral/Getty Images)

Maduro rompeu relações com os Estados Unidos em janeiro de 2019, quando Washington reconheceu o opositor Juan Guaidó como "presidente interino" (Carolina Cabral/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 29 de novembro de 2023 às 09h24.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nesta terça-feira, 28, o convite ao seu contraparte dos Estados Unidos, Joe Biden, para iniciar uma "nova era" nas relações entre os dois países, baseada no "respeito" e com o levantamento das sanções econômicas.

"Vamos começar um novo tempo, uma nova era de relações de respeito e colaboração no mais alto nível entre os Estados Unidos e a Venezuela. Estamos preparados, estamos prontos, queremos isso", disse o mandatário durante uma reunião do Conselho Nacional de Economia.

"É o consenso de todos os setores políticos, religiosos, culturais e sociais da Venezuela. Poderoso consenso, novas relações entre os Estados Unidos e a Venezuela, baseadas no respeito", continuou.

Maduro rompeu relações com os Estados Unidos em janeiro de 2019, quando Washington reconheceu o opositor Juan Guaidó como "presidente interino" após ele se autoproclamar em uma praça diante de uma multidão.

Apoio da Casa Branca a Guaidó

O apoio da Casa Branca a Guaidó ocorreu após considerar a reeleição de Maduro em 2018 como "fraudulenta". Nos últimos meses, Washington e Caracas tiveram alguns aproximações devido a interesses energéticos.

No entanto, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos para a América Latina, Brian Nichols, disse em outubro passado que os Estados Unidos "não estão" prontos para "uma mudança nas relações diplomáticas" com a Venezuela.

Sua declaração ocorreu após o governo de Biden anunciar um levantamento temporário das sanções econômicas ao petróleo, gás e ouro da Venezuela, em troca de um acordo alcançado entre Maduro e a oposição sobre as condições para as eleições presidenciais de 2024.

Washington também deixou claro que, se o governo de Maduro violar o acordo com a oposição, pode reimpor as sanções.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também pediu a Maduro que defina um cronograma para o levantamento das inelegibilidades políticas de possíveis candidatos da oposição antes do final de novembro.

No entanto, Maduro reiterou que a Venezuela não aceita "chantagens" e clamou novamente pelo levantamento definitivo das sanções.

"Todo o povo venezuelano, toda a Venezuela, por consenso, exige que todas as sanções à sua economia sejam levantadas de maneira permanente e definitiva", disse.

Acompanhe tudo sobre:Nicolás MaduroVenezuelaEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Grécia adota semana de 6 dias de trabalho por falta de mão de obra qualificada

Deputado democrata defende que Biden abandone campanha

Trump consegue adiar sentença por condenação envolvendo suborno a ex-atriz pornô

OMS lança 1ª diretriz para quem pretende parar de fumar; veja as recomendações

Mais na Exame