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Maduro recorre a militares para "guerra não convencional"

Maduro disse que país é uma vítima da "guerra não convencional, econômica, elétrica, financeira, criminal e psicológica" que atribui à direita apoiada pelos EUA


	Eleitor segura bandeira da Venezuela durante celebração da vitória da oposição nas eleições parlamentares, no domingo passado
 (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

Eleitor segura bandeira da Venezuela durante celebração da vitória da oposição nas eleições parlamentares, no domingo passado (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 18h49.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu neste sábado para que as forças armadas se preparem para uma "guerra não convencional", durante um ato no qual prometeu melhorias para os militares, quase uma semana após sua derrota nas eleições legislativas.

"Eu apenas lhes digo, mulheres e homens, preparem-se para defender o país e que ninguém hesite (...). Não vamos permitir que a direita e a burguesia, das posições de poder onde estão, entreguem a soberania, a independência e a justiça que foram construídas durante esses anos de sacrifício", disse Maduro na primeira ação militar que preside desde as eleições parlamentares.

O presidente socialista disse que a Venezuela é uma vítima da "guerra não convencional, econômica, elétrica, financeira, criminal e psicológica" que atribui aos setores de direita apoiados pelos Estados Unidos.

"Estamos diante de uma crise de grandes dimensões, que se caracteriza como uma crise de contra-poder", disse Maduro no gesto tradicional de boas-vindas de Natal e Ano Novo das Forças Armadas.

De acordo com a decisão, houve um confronto entre "o polo da pátria" e "o polo antipatriótico", "baseado na guerra e no jogo sujo, um sucesso circunstancial".

Maduro também chamou os militares que trabalham na administração pública para voltar aos quarteis.

"Eu dei a ordem para implementar um plano bem pensado e detalhado para que voltem a postos de comando e a filas ativas em cada componente, os companheiros que passaram para a administração pública para fornecer o seu serviço ao país. É hora de voltar para reforçar as forças armadas!", disse.

No domingo passado, a oposição conseguiu o controle total do Parlamento ao alcançar dois terços dos assentos, encerrando 16 anos de hegemonia chavista.

A nova assembleia será instalada em 5 de janeiro.

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