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Maduro excluirá partidos de oposição da eleição presidencial

Partidos não poderão disputar a presidência por se negarem a concorrer nas eleições municipais deste domingo

Nicolás Maduro, sobre a oposição nas eleições presidenciais: "não poderão participar; desaparecerão do mapa político" (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Nicolás Maduro, sobre a oposição nas eleições presidenciais: "não poderão participar; desaparecerão do mapa político" (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 06h50.

Última atualização em 11 de dezembro de 2017 às 06h52.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, garantiu que os partidos dos opositores Henrique Capriles e Leopoldo López, entre outros, serão excluídos da eleição presidencial de 2018 por se negarem a concorrer nas eleições municipais deste domingo (10).

"Partido que não tiver participado hoje e que tenha convocado o boicote das eleições não pode mais participar. Esse foi o critério que a Assembleia Nacional Constituinte estipulou", disse Maduro, em entrevista coletiva, depois de votar em Caracas.

Segundo ele, tanto o Primeiro Justiça (partido de Capriles) quanto o Vontade Popular (de López) "desapareceram do mapa político" por sua decisão de se afastar das eleições.

"Não poderão participar; desaparecerão do mapa político", insistiu.

"Não posso entender que um grupo de dirigentes políticos da direita tenha se retirado. Se não querem eleições, para onde vão? Qual é a alternativa? As armas? A guerra?", questionou Maduro, na mesma entrevista coletiva.

Sem clima eleitoral nas ruas, as filas curtas foram o denominador comum nos postos de votação de Caracas e de cidades como San Cristóbal (oeste).

Ainda assim, Maduro garantiu que a participação nas eleições foi "extraordinária".

"Quero agradecer ao povo da Venezuela, porque, mais uma vez, está indo às seções", disse ele, acompanhado da primeira-dama, Cilia Flores; da presidente da Assembleia Constituinte, Delcy Rodríguez, e da candidata à prefeitura do município Libertador - onde Maduro vota -, Érika Farías.

"Desde já temos que nos preparar para as eleições presidenciais, porque vai ser uma grande festa eleitoral", afirmou um otimista Maduro, após votar em uma escola no bairro popular de Catia, em Caracas, também deserto.

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