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Maduro diz que vetará leis de anistia na Venezuela

A próxima legislatura, com dois terços de políticos da oposição, vai iniciar os trabalhos em janeiro


	O presidente venezuelano, Nicolás Maduro: a próxima legislatura, com dois terços de políticos da oposição, vai iniciar os trabalhos em janeiro
 (REUTERS/Miraflores)

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro: a próxima legislatura, com dois terços de políticos da oposição, vai iniciar os trabalhos em janeiro (REUTERS/Miraflores)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 08h44.

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na terça-feira à noite uma iminente reforma ministerial depois que o governista Partido Socialista sofreu derrota esmagadora nas eleições legislativas, mas prometeu vetar planos da oposição de uma lei de anistia para os políticos presos.

O atual presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, acrescentou que, entre outras medidas, o governo vai nomear 12 novos juízes da Supremo Corte até 31 de dezembro.

A próxima legislatura, com dois terços de políticos da oposição, vai iniciar os trabalhos em janeiro.

O governo da Venezuela foi surpreendido pelo resultado das eleições de domingo, nas quais conquistou apenas 55 assentos contra 112 da oposição, e perdeu o controle da Assembleia Nacional pela primeira vez desde que o ex-presidente Hugo Chávez tomou posse, em 1999.

Um dos principais objetivos da oposição na nova legislatura é garantir a libertação de prisioneiros políticos, com destaque para Leopoldo López, preso por liderar protestos antigoverno em 2014 que resultaram em violência e mais de 40 mortes.

Maduro, porém, adotou um tom de desafio durante uma aparição de três horas na TV na terça-feira à noite.

"Não vou aceitar nenhuma lei de anistia, porque eles violaram os direitos humanos", disse Maduro. "Podem enviar-me mil leis, mas os assassinos têm que ser processados e têm que pagar."

A oposição da Venezuela pedira mais cedo na terça que Maduro parasse de apresentar desculpas pela derrota de seus candidatos e, em vez disso, enfrentasse com urgência a escassez de alimentos e libertasse os presos políticos.

A pior crise econômica da história recente do país fez com que produtos básicos, incluindo farinha, leite, carne e feijão, ficassem escassos.

A falta de alimentos é particularmente grave para os pobres e no interior do país, provocando horas de filas de espera dos produtos.

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