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Maduro dá "ultimato" ao Grupo de Lima para mudar postura sobre Venezuela

Presidente venezuelano deu 48 horas para grupo de países retificarem texto que pede para que ele não assuma presidência e transfira poder para o parlamento

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro em  03/12/2018. (Manaure Quintero/Reuters)

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro em 03/12/2018. (Manaure Quintero/Reuters)

A

AFP

Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 16h26.

O presidente Nicolás Maduro advertiu nesta quarta-feira ao Grupo de Lima que tomará medidas enérgicas se, em 48 horas, não for retificada sua posição contra a Venezuela, na véspera em que assumirá um novo mandato de seis anos, não reconhecido pelo bloco.

"Hoje foi entregue a todos os governos do cartel de Lima uma nota de protesto, onde exigimos uma retificação de suas posições sobre a Venezuela em 48 horas ou o governo da Venezuela tomará as mais urgentes medidas diplomáticas", sentenciou Maduro em coletiva de imprensa.

O presidente considerou "inaceitável" a declaração emitida na sexta-feira pelo Grupo de Lima, com o apoio dos Estados Unidos, texto que pede para que ele não assuma a presidência e transfira o poder para maioria parlamentar da oposição, enquanto que "as eleições democráticas são realizadas".

Maduro rejeitou em particular o ponto em que o bloco, que ele acusa de seguir ordens de Washington, tomou partido da Guiana em uma disputa territorial com a Venezuela.

No comunicado, assinado por 13 dos seus 14 membros - México foi o único a se abster-, o Grupo Lima incluiu um ponto que rejeita "qualquer provocação ou destacamento militar que ameace a paz e a região" e pediu Maduro que desista de "ações que violam os direitos soberanos de seus vizinhos".

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