"Honra e glória a ti e à sua memória, mulher humilde do povo", acrescentou Maduro, que rotulou a oposição de "pinochetista", em referência ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 19h19.
Caracas - O presidente encarregado e eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou nesta quarta-feira o falecimento de uma mulher devido aos incidentes violentos da última segunda-feira durante os protestos de rejeição à sua proclamação, o que aumentou para oito o número de vítimas.
"Nos informaram sobre o falecimento de uma compatriota que estava ferida", disse Maduro durante um encontro com o gabinete e governadores governistas no palácio de Miraflores, transmitido pela rede de televisão estatal.
Maduro afirmou que a mulher, que identificou como Rosiris del Valle Reyes, faleceu em consequência de "um tiro nas costas" em um hospital de Caracas depois dos incidentes registrados nos arredores de um ambulatório onde trabalham médicos cubanos.
"Honra e glória a ti e à sua memória, mulher humilde do povo", acrescentou Maduro, que rotulou a oposição de "pinochetista", em referência ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet.
A procurador-geral da Venezuela, Luisa Ortega, afirmou ontem que sete pessoas morreram e pelo menos 61 ficaram feridas em incidentes derivados das manifestações convocadas pela oposição após a proclamação de Maduro como ganhador das eleições.
Maduro responsabilizou ontem o líder opositor Henrique Capriles - que convocou um panelaço e mobilizações em frente aos escritórios do órgão eleitoral do país - pelas mortes e disse que "ele tem que responder perante a Constituição, perante a história e perante a lei".
Capriles, por sua vez, declarou que foi o governo de Maduro, o qual classifica como "ilegítimo", que ordenou os episódios de violência para evitar uma recontagem de votos, condição que ele solicitou para aceitar os resultados do pleito do último domingo.