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Maduro acusa UE de "racismo" e "intolerância" contra a Venezuela

Presidente venezuelano tomou posse hoje para seu segundo mandato, em cerimônia no Tribunal Supremo de Justiça

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela pediu nesta quinta-feira que a UE interrompa as "agressões" contra seu governo (Miraflores Palace/Reuters)

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela pediu nesta quinta-feira que a UE interrompa as "agressões" contra seu governo (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 18h15.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira que a União Europeia (UE) interrompa as "agressões" contra seu governo e acusou os líderes do bloco serem "intolerantes" e "racistas".

"Pare aí, Europa, basta de agressões contra a Venezuela. União Europeia, respeite a Venezuela, ou a história cobrará essa dívida", disse Maduro, que tomou posse hoje para seu segundo mandato como presidente, em cerimônia no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Crítica ao governo de Maduro, a UE lamentou hoje, em declaração publicada pela Alta Representante para a Política Externa do bloco, Federica Mogherini, que o presidente tomasse posse depois de vencer eleições que "não foram democráticas".

"(...) As eleições presidenciais realizadas em maio na Venezuela não foram livres nem justas. O seu resultado não teve qualquer credibilidade, uma vez que o processo eleitoral não assegurou as garantias necessárias para eleições inclusivas e democráticas", disse Mogherini na declaração publicada pela UE.

Mas Maduro afirmou hoje que a postura do bloco é "intolerante" e "racista", duas acusações frequentes que o presidente da Venezuela faz aos líderes dos países europeus.

"Não venha outra vez com seu velho colonialismo, não venha outra vez com as velhas agressões. Não venha outra vez, velha Europa, com seu velho racismo, já basta o que vocês fizeram a nós, já basta a escravidão, os saques cometidos por 500 anos", ressaltou.

A legitimidade do segundo mandato de Maduro foi questionada pela oposição e por vários governos estrangeiros, entre eles o Brasil, que não reconhecem os resultados das eleições de maio no país.

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