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Maduro acusa EUA de submeter Venezuela a assédio permanente

Presidente venezuelano assinalou que "documentos desclassificados" demonstram o envolvimento dos EUA na tentativa de golpe de Estado de 2002

Nicolás Maduro discursando em sessão especial do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU (Reuters/Denis Balibouse)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 14h32.

Genebra - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , denunciou nesta quinta-feira ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que seu país sofreu durante as últimas duas décadas um "assédio permanente" dos Estados Unidos .

"Nosso povo sofreu durante duas décadas o assédio permanente dos poderes imperiais dos Estados Unidos, que se concretizou especialmente no golpe de estado de 2002", disse o líder venezuelano.

Maduro assinalou que "documentos desclassificados" demonstram o envolvimento dos EUA na tentativa de golpe de Estado de 2002.

O presidente venezuelano não fez referência na sala do CDH à detenção no Haiti de seu sobrinho e de seu afilhado acusados de narcotráfico, nem a nenhum outro caso atual de suposta intervenção direta de Washington nos assuntos internos.

No entanto, se referiu várias vezes ao suposto complô de determinadas forças ocidentais contra seu país.

"Hoje a Venezuela sofre o assédio da má utilização e da manipulação dos direitos humanos ocidentalmente concebidos para tentar isolar a Venezuela e proteger os que querem destruí-la", acrescentou o presidente, sem dar mais explicações a respeito.

Maduro discursou hoje em uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, organizada a pedido do governo venezuelano e que a entidade aceitou "como cortesia".

O líder agradeceu que o Conselho teria aceitado sua solicitação e estendeu seus aplausos para os 131 países que no dia 28 de outubro votaram porque a Venezuela permanecesse como membro desse órgão da ONU por três anos mais.

"Recebemos um voto de confiança moral acima de campanhas de manipulação, e de mentiras. Para isso vim, para reiterar nosso compromisso com a construção de um novo sistema de direitos humanos para a humanidade", sentenciou.

O presidente venezuelano explicou que seu país está tentando escorar um "processo dissidente" para criar "um mundo multipolar e multicêntrico".

Opinou que para isso é necessário que o partido governante ganhe as eleições gerais do próximo 6 de dezembro, algo que está convencido que vai acontecer.

"Tenho certeza de que nas próximas eleições nosso povo vai ratificar sua intenção de paz e de liberdade", disse, ao mesmo tempo em que defendeu um sistema eleitoral "exemplar".

Maduro não citou nem rebateu explicitamente recentes críticas do secretário-geral de Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que o sistema eleitoral não é justo e é concebido para ajudar o partido governante.

Finalmente, o líder disse que o Plano Nacional de Direitos Humanos "surgido de um diálogo social inclusivo" será apresentado em 2016 coincidindo com o Exame Periódico Universal (EPU) de seu país, avaliação de direitos humanos à qual estão submetidos todos os países das Nações Unidas.

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Genebra - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , denunciou nesta quinta-feira ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que seu país sofreu durante as últimas duas décadas um "assédio permanente" dos Estados Unidos .

"Nosso povo sofreu durante duas décadas o assédio permanente dos poderes imperiais dos Estados Unidos, que se concretizou especialmente no golpe de estado de 2002", disse o líder venezuelano.

Maduro assinalou que "documentos desclassificados" demonstram o envolvimento dos EUA na tentativa de golpe de Estado de 2002.

O presidente venezuelano não fez referência na sala do CDH à detenção no Haiti de seu sobrinho e de seu afilhado acusados de narcotráfico, nem a nenhum outro caso atual de suposta intervenção direta de Washington nos assuntos internos.

No entanto, se referiu várias vezes ao suposto complô de determinadas forças ocidentais contra seu país.

"Hoje a Venezuela sofre o assédio da má utilização e da manipulação dos direitos humanos ocidentalmente concebidos para tentar isolar a Venezuela e proteger os que querem destruí-la", acrescentou o presidente, sem dar mais explicações a respeito.

Maduro discursou hoje em uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, organizada a pedido do governo venezuelano e que a entidade aceitou "como cortesia".

O líder agradeceu que o Conselho teria aceitado sua solicitação e estendeu seus aplausos para os 131 países que no dia 28 de outubro votaram porque a Venezuela permanecesse como membro desse órgão da ONU por três anos mais.

"Recebemos um voto de confiança moral acima de campanhas de manipulação, e de mentiras. Para isso vim, para reiterar nosso compromisso com a construção de um novo sistema de direitos humanos para a humanidade", sentenciou.

O presidente venezuelano explicou que seu país está tentando escorar um "processo dissidente" para criar "um mundo multipolar e multicêntrico".

Opinou que para isso é necessário que o partido governante ganhe as eleições gerais do próximo 6 de dezembro, algo que está convencido que vai acontecer.

"Tenho certeza de que nas próximas eleições nosso povo vai ratificar sua intenção de paz e de liberdade", disse, ao mesmo tempo em que defendeu um sistema eleitoral "exemplar".

Maduro não citou nem rebateu explicitamente recentes críticas do secretário-geral de Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que o sistema eleitoral não é justo e é concebido para ajudar o partido governante.

Finalmente, o líder disse que o Plano Nacional de Direitos Humanos "surgido de um diálogo social inclusivo" será apresentado em 2016 coincidindo com o Exame Periódico Universal (EPU) de seu país, avaliação de direitos humanos à qual estão submetidos todos os países das Nações Unidas.

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