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Macron toma posse como presidente e defende "França forte"

A cerimônia consolida a ascensão de Macron, que conseguiu um resultado notável em sua missão de realinhar a ordem política da França

França: Macron toma posse no Palácio do Eliseu em Paris (Thierry Chesnot/Getty Images)

França: Macron toma posse no Palácio do Eliseu em Paris (Thierry Chesnot/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2017 às 09h41.

Paris -- Emmanuel Macron assumiu neste domingo como presidente da França. Aos 39 anos, o político pretende liderar esforços para reformar a economia francesa e consolidar a força da União Europeia.

No início de uma cerimônia no Palácio do Eliseu, Macron caminhou em um tapete vermelho na direção de François Hollande, o presidente que deixa o cargo. Hollande, que ficou no poder entre 2012 e 2017, foi mentor de Macron quando este foi ministro da Economia (2014-2016). A dupla seguiu para dentro para uma reunião, onde discutiram as questões mais sensíveis do posto.

Após 45 minutos, Macron acompanhou Hollande até um carro que o esperava, que retirou o agora ex-presidente do palácio. Macron então prosseguiu para a cerimônia do outro lado do palácio, onde os resultados da eleição da semana passada foram lidos e ele se tornou oficialmente presidente.

"O mundo e a Europa precisam hoje da França mais do que nunca", afirmou Macron em seu discurso logo após a posse. "Eles precisam de uma França forte e com certeza de seu destino", argumentou.

A cerimônia neste domingo consolida a ascensão de Macron, que conseguiu um resultado notável em sua missão de realinhar a ordem política da França. Trabalhando como um banqueiro de investimentos há apenas cinco anos, ele chegou ao poder alijando os principais partidos políticos do país, que há décadas abrigavam os líderes da França.

Macron decidiu formar seu próprio partido, o En Marche (Em Marcha), 13 meses atrás. Agora o partido apresenta centenas de candidatos para a próxima eleição legislativas de junho, metade dos quais caras novas na políticas.

Há uma semana, Macron ganhou com folga a eleição presidencial contra Marine Le Pen, nacionalista de extrema-direita que ameaçava tirar a França da UE e fechar suas fronteiras. O candidato se apresentou como um forte defensor do bloco e um centrista amigo dos negócios, com a intenção de defender a fortemente regulada economia francesa.

A primeira decisão de Macron é voltada para fortalecer a relação com a Alemanha, principal aliado de Paris. O novo presidente deve voar a Berlim nesta segunda-feira para se reunir com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Sob um forte esquema de segurança, após ataques terroristas nos últimos anos, o carro de Macron deixou seu apartamento na manhã de domingo e seguiu pelas margens do rio Sena até o palácio. Macron recebe também hoje os códigos nucleares franceses e será informado sobre as medidas de contraterrorismo em vigor no país.

A França permanece em estado de emergência, decretado pouco após ataques terroristas em novembro de 2015. O estado de emergência permite que as forças de segurança monitorem pessoas consideradas uma ameaça à segurança e possam decretar prisão domiciliar deles, além de realizar buscas sem autorização judicial e tomar outras medidas proibidas pelas Constituição francesa sob circunstâncias normais. Fonte: Dow Jones Newswires.

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