Mundo

Macron quer atrair cientistas demitidos nos EUA: 'Escolham a Europa!’

Nova plataforma permitirá que universidades, escolas e organizações de pesquisa solicitem cofinanciamento do governo francês para receber pesquisadores

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2025 às 12h59.

O presidente francês, Emmanuel Macron, convidou, neste sábado, 19, os cientistas de todo o mundo a trabalharem na França ou na Europa.

Em uma publicação no seu perfil no X, Macron, no entanto, não mencionou diretamente os Estados Unidos, onde centenas de cientistas foram demitidos em meio a cortes no financiamento à pesquisa para universidades e instituições, parte de um confronto mais amplo entre a nova administração do presidente dos EUA, Donald Trump, e as universidades.

"Aqui na França, a pesquisa é uma prioridade, a inovação uma cultura, a ciência um horizonte sem limites. Pesquisadores de todo o mundo, escolham a França, escolham a Europa!", escreveu Macron em uma publicação no X.

No mesmo post, Macron disponibilizou o link do anúncio de lançamento da plataforma. "Escolha a França para a Ciência" (Choose France for Science), operada pela Agência Nacional de Pesquisa Francesa (ANR), que permitirá que universidades, escolas e organizações de pesquisa solicitem cofinanciamento do governo francês para receber pesquisadores.

No anúncio disponibilizado por Macron, a agência afirma que “a França está comprometida em resistir a ataques à liberdade acadêmica em todo o mundo”. O texto ainda acrescenta que “ o contexto internacional está criando condições para uma onda inédita de mobilidade entre pesquisadores em escala global ”, e que a França pretende se posicionar como um lugar acolhedor para aqueles que desejam seguir com seu trabalho na Europa.

A ANR disse que a plataforma permitiria que universidades enviassem projetos para hospedar pesquisadores internacionais, especialmente em áreas como pesquisa em saúde, clima e biodiversidade, inteligência artificial, estudos espaciais, agricultura, energia de baixo carbono e sistemas digitais.

O anúncio ocorre um dia depois de autoridades terem dito que os primeiros pesquisadores fugindo dos cortes de gastos dos EUA impostos por Trump começarão a trabalhar em uma universidade francesa em junho .

A Universidade Aix Marseille disse que seu programa "Lugar Seguro para a Ciência" recebeu uma enxurrada de candidatos após o anúncio.

Acompanhe tudo sobre:Emmanuel MacronEuropaFrançaEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Dinamarca aprova aumento da idade de aposentadoria para 70 anos, a mais alta da Europa

Emirados Árabes batem recorde de temperatura em maio com 51,6ºC

O que se sabe sobre fuga de prisão em Nova Orleans? Cinco seguem foragidos

Rússia lança ataque aéreo contra Ucrânia e mata ao menos 13 pessoas após troca de prisioneiros