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Macron pede ajuda de Sarkozy em meio a protestos dos "coletes amarelos"

Sarkozy comandou a França de 2007 a 2012 com uma plataforma de aplicação rígida da lei e da ordem

No espaço de três semanas, Macron mostra dificuldade para conter uma revolta de um mês contra suas reformas (Benoit Tessier/Reuters)

No espaço de três semanas, Macron mostra dificuldade para conter uma revolta de um mês contra suas reformas (Benoit Tessier/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 09h57.

Última atualização em 19 de dezembro de 2018 às 09h58.

Paris - Com a maior crise política de sua presidência, Emmanuel Macron pediu ajuda ao ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, um sinal de que a influência do ex-líder de direita sobre Macron está aumentando.

No espaço de três semanas, Macron, que mostra dificuldade para conter uma revolta de um mês contra suas reformas, recorreu duas vezes a Sarkozy, que comandou a França de 2007 a 2012 com uma plataforma de aplicação rígida da lei e da ordem.

Macron, de 40 anos, almoçou com Sarkozy no Palácio do Eliseu em 7 de dezembro, disse uma fonte palaciana, pouco antes do final de semana de protestos mais violentos dos manifestantes "coletes amarelos", que causaram estragos em alguns dos distritos mais elegantes de Paris.

Macron e Sarkozy debateram a ordem pública e uma das medidas fiscais anunciadas por Macron na semana passada - uma isenção fiscal para horas extras - que foi um dos pilares do programa do próprio Sarkozy quando era presidente, noticiou o jornal Le Figaro.

No domingo passado Macron enviou Sarkozy a Tbilisi para representar a França na posse do novo presidente da Geórgia, decisão que causou frisson nos círculos políticos franceses.

Fontes próximas de Sarkozy veem a aproximação como uma maneira de Macron acenar a eleitores de direita franceses que ficaram chocados com imagens de carros incendiados em áreas de classe alta de Paris e com a decisão de Macron de tentar subornar os manifestantes com benesses custosas.

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