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Macron defende multilaterismo e política de segurança comum na Europa

O presidente francês afirmou que a Europa está diante de uma grande ameaça e que os países devem decidir uma política de segurança comum

Macron: o presidente francês falou sobre a manutenção da paz na Europa por 60 anos (Wolfgang Rattay/Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de maio de 2018 às 11h15.

Aachen - O presidente da França, Emmanuel Macron , advogou nesta quinta-feira, após receber o Prêmio Carlos Magno na Câmara municipal de Aachen, por um "forte multilateralismo" internacional no qual a Europa possa "decidir por si mesma" com uma política de segurança comum.

"Estamos perante grandes ameaças e não podemos deixar que outros decidam por nós", afirmou o presidente francês, que apontou que a Europa tem o dever de manter a paz e a estabilidade no Oriente Médio.

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Macron insistiu em sua proposta de dotar à zona do euro de um orçamento próprio, garantiu que a Europa não deve "se dividir" pelos nacionalismos e destacou que desde uma perspectiva unicamente nacional, não será possível enfrentar os grandes desafios do mundo atual.

O presidente francês disse que a construção europeia trouxe 60 anos de paz, liberdade e bem-estar, por isso que considerou que é "um tesouro que não tem preço", ao mesmo tempo que destacou a importância de os europeus seguirem "decidindo por si mesmos".

"Nós decidimos construir a paz no Oriente Médio, outras potências elegeram não respeitar sua palavra, devemos ceder à política do pior?", perguntou o líder em referência implícita à retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irã.

Neste sentido, assegurou que se os europeus aceitarem que outras grandes potências, "às vezes aliadas", decidam por eles, não serão "mais soberanos" e advogou por fazer da Europa "uma potência geopolítica e diplomática".

Com relação à negociação das propostas de reforma da União Europeia (UE) com a Alemanha, que deveria terminar em junho, Macron recalcou que acredita em "um orçamento europeu muito mais ambicioso" e em uma zona do euro "mais integrada" com um orçamento próprio.

"Não sejamos frágeis", afirmou, ao considerar que na Alemanha "não pode haver um fetichismo perpétuo em relação com os excedentes orçamentários e comerciais", em referência às políticas de austeridade defendidas pela chanceler, Angela Merkel.

O presidente francês discursará também nesta tarde em uma conferência na Universidade de Aachen perante cerca de mil estudantes.

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