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Macri quer anular acordo polêmico entre Argentina e Irã

O dirigente pró-mercado considerou que esse acordo, amplamente criticado pela oposição e por Israel, "é algo que não ajudou a unir os argentinos"

Mauricio Macri: Cristina Kirchner defendeu o acordo com Teerã como uma ferramenta legal para avançar na investigação de um fato que mais 21 anos depois não tem detidos nem condenados (Agustin Marcarian / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2015 às 14h59.

O presidente eleito da Argentina , Mauricio Macri, afirmou nesta segunda-feira que irá propor ao Congresso derrogar o Memorando com o Irã , assinado pela mandatária Cristina Kirchner em 2013 para investigar o atentado contra o centro judaico Amia em 1994, que, até hoje, está impune.

"Vou propor ao Congresso que o derroguemos", disse Macri, de 56 anos, em sua primeira coletiva de imprensa após o resultado de domingo contra o candidato do governo Daniel Scioli.

O dirigente pró-mercado considerou que esse acordo, amplamente criticado pela oposição e por Israel, "é algo que não ajudou a unir os argentinos e a nos mostrar coerentes ao mundo".

Os líderes da coletividade judaica da Argentina, a mais numerosa da América Latina, com 300.000 membros, opuseram-se de forma categórica ao acordo judicial com o Irã.

Eles também apoiaram a denúncia do então promotor do caso da Amia, Alberto Nisman, que afirmou, antes de sua morte suspeita em janeiro, que o acordo serviu para que fossem "encobertos" supostos ex-governantes iranianos acusados por esse ataque, que deixou 85 mortos.

A justiça rejeitou essa denúncia por falta de provas.

Cristina Kirchner defendeu o acordo com Teerã como uma ferramenta legal para avançar na investigação de um fato que mais 21 anos depois não tem detidos nem condenados.

"A Argentina continua sem qualquer instrumento constitucional de validez internacional para pedir cooperação judicial à República Islâmica do Irã, depois de o tratado de 2013 ter sido declarado inconstitucional", disse Kirchner em julho desse ano.

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"Vou propor ao Congresso que o derroguemos", disse Macri, de 56 anos, em sua primeira coletiva de imprensa após o resultado de domingo contra o candidato do governo Daniel Scioli.

O dirigente pró-mercado considerou que esse acordo, amplamente criticado pela oposição e por Israel, "é algo que não ajudou a unir os argentinos e a nos mostrar coerentes ao mundo".

Os líderes da coletividade judaica da Argentina, a mais numerosa da América Latina, com 300.000 membros, opuseram-se de forma categórica ao acordo judicial com o Irã.

Eles também apoiaram a denúncia do então promotor do caso da Amia, Alberto Nisman, que afirmou, antes de sua morte suspeita em janeiro, que o acordo serviu para que fossem "encobertos" supostos ex-governantes iranianos acusados por esse ataque, que deixou 85 mortos.

A justiça rejeitou essa denúncia por falta de provas.

Cristina Kirchner defendeu o acordo com Teerã como uma ferramenta legal para avançar na investigação de um fato que mais 21 anos depois não tem detidos nem condenados.

"A Argentina continua sem qualquer instrumento constitucional de validez internacional para pedir cooperação judicial à República Islâmica do Irã, depois de o tratado de 2013 ter sido declarado inconstitucional", disse Kirchner em julho desse ano.

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