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Macri dá nota 8 a seu primeiro ano como presidente da Argentina

"Ainda está longe de onde devemos chegar (...) mas foi um salto de degrau positivo", reconheceu o presidente da Argentina

Mauricio Macri: segundo sua opinião, hoje se convive melhor e o povo "está mais tranquilo" (Reuters)

Mauricio Macri: segundo sua opinião, hoje se convive melhor e o povo "está mais tranquilo" (Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 14h14.

Buenos Aires - Mauricio Macri, que no dia 10 de dezembro completará um ano como presidente da Argentina, disse em entrevista que "para esta etapa" se daria uma nota 8, e embora considerou que "sempre se pode melhorar", ressaltou que evitou "a quinta crise terminal dos últimos 50 anos".

"Quer usar a matemática? Quanto vale ter evitado a quinta crise terminal dos últimos 50 anos? Quanto vale, na qualificação, ter baixado a tensão na Argentina?", questionou o chefe de Estado em uma conversa com jornalistas de vários jornais do interior do país publicada nesta quinta-feira.

Segundo sua opinião, hoje se convive melhor e o povo "está mais tranquilo", e também há fóruns "de todos os tipos, todo mundo se expressa", e se escuta e dialoga, enquanto a imprensa se expressa "com absoluta liberdade".

"O mundo nos abre as portas, nos visita, nos convida a participar. A verdade é que são muitas coisas. Eu me daria, para esta etapa, uma boa nota. Eu me daria um 8", acrescentou o líder, para quem "a luta contra a inflação" -que hoje está "a uma média de 1,5% mensal"- foi "talvez o maior êxito" de sua gestão.

"Ainda está longe de onde devemos chegar, que é a uma inflação de um dígito anual, mas foi um salto de degrau positivo", reconheceu.

Por outro lado, assumiu que os aumentos ditados nas tarifas de serviços públicos como eletricidade e gás, que foram fortemente questionados pela oposição, os sindicatos, a Justiça e a sociedade em seu conjunto, puderam "ter sido mais bem pensados".

"Vamos necessitar de uma década para voltar a ter nossa própria energia, porque durante uma década fizemos as pessoas acreditarem que a energia não valia nada (...). É algo que eu uso como exemplo há muitos anos, porque acredito no valor da austeridade", considerou Macri.

"Consumir mais não nos aproxima da felicidade. Aí estou alinhado mais do que nunca com o papa: o dinheiro não é o caminho da felicidade", ressaltou.

Além disso, o líder fez uma autocrítica e argumentou que "sempre se pode melhorar" e que desde seu Executivo há melhoras "todos os dias", porque está formado "por gente capaz, honesta e com as melhores intenções".

O presidente disse estar "contente, em linhas gerais", com "o crescimento" que teve sua equipe, motivo pelo qual não fez "nenhuma mudança transcendente" entre seus ministros.

Além disso, pessoalmente afirmou sentir "no corpo" o ano do poder.

"Não é o mesmo do que ser empresário, ser presidente de um clube de futebol, por mais que seja um dos mais populares do mundo, nem ser prefeito de uma das cidades mais importantes do mundo. Há uma curva de aprendizagem", matizou.

"Mas a verdade é que há um mês sinto que, pelo menos nesta primeira etapa, tomei dimensão da tarefa e me sinto tranquilo e cada vez mais convencido de que estamos no caminho correto", acrescentou.

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