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Macri culpa kirchnerismo pelo avanço do tráfico na Argentina

O tema é sensível nestes dias, após a fuga de três sicários de uma prisão de segurança máxima


	O presidente da Argentina, Mauricio Macri: Buenos Aires "tem que voltar a ser uma das cidades mais seguras do mundo"
 (REUTERS/Mario Valdez)

O presidente da Argentina, Mauricio Macri: Buenos Aires "tem que voltar a ser uma das cidades mais seguras do mundo" (REUTERS/Mario Valdez)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 13h16.

O presidente da Argentina, o conservador Mauricio Macri, oficializou nesta terça-feira o reforço policial em Buenos Aires, onde a segurança foi uma das principais preocupações de seus partidários na recente campanha eleitoral.

Macri, que nesta semana completa um mês no poder, também se pronunciou sobre o narcotráfico e acusou os governos de Néstor e Cristina Kirchner, dos últimos 12 anos, de terem permitido o avanço do flagelo neste país.

O tema é sensível nestes dias, após a fuga de três sicários de uma prisão de segurança máxima que é acompanhada com atenção pela imprensa, com acusações políticas que atingem governistas e opositores.

Buenos Aires "tem que voltar a ser uma das cidades mais seguras do mundo", disse sobre esta megalópole sul-americana com quase três milhões de habitantes, que soma mais de 14 milhões com seus subúrbios.

Com a transferência da polícia federal à metropolitana, a força de segurança na capital contará com mais de 21.000 efetivos.

"Cada vez que percorríamos o bairro, as pessoas nos diziam 'precisamos de mais segurança'; por isso fomos a esta instância para criar a Polícia Metropolitana", disse Macri, que foi prefeito de Buenos Aires de 2007 até sua eleição como presidente, em 22 de novembro.

A insegurança na capital argentina não está ao nível de cidades como Tegucigalpa ou Caracas, que contam com as taxas de criminalidade mais altas na região, mas nos últimos anos têm sido registradas mais denúncias de roubos violentos que incluem assassinatos.

As estatísticas oficiais de insegurança foram alvo de disputas entre organismos controlados por autoridades federais e municipais de oposição, e no caso de Buenos Aires não há números endossados pelo conjunto das instituições.

Mas um estudo indica que entre 2010 e 2013 os homicídios consumados durante roubos em Buenos Aires passaram de 47 a 25 casos, segundo o Instituto de Investigações da Suprema Corte de Justiça da Nação (CSJN), citado pelo site de verificação de informação pública Chequeado.com.

A força policial da capital estará a cargo do sucessor de Macri na prefeitura, Horacio Rodríguez Larreta, ambos do mesmo partido político, PRO.

"Peço o compromisso do chefe de governo da Cidade de Buenos Aires de voltar a ter estatísticas públicas claras, que permitam ter um mapa do crime, para que mês a mês não tenhamos que estar confiando em sensações ou palavras, mas em estatísticas confiáveis", disse em alusão a sua antecessora, Cristina Kirchner (2007-2015).

Macri, que retomou suas atividades na segunda-feira após 10 dias de férias, evitou se referir expressamente à fuga dos três traficantes que cumpriam condenações à prisão perpétua por um triplo crime em 2008 e que abalou a política local.

Limitou-se a dizer: "lamentavelmente viemos de uma década onde a inação, a incapacidade e a cumplicidade permitiram que eles (os traficantes) avancem como nunca antes", acusou.

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