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Macau se recupera de destruição do tufão Hato

Tufão Hato matou ao menos nove pessoas e deixou mais da metade da cidade sem água e energia

Macau: partes do exterior dos edifícios, inclusive de cassinos de bilhões de dólares, foram arrancadas pelos ventos poderosos do Hato (Tyrone Siu/Reuters)

Macau: partes do exterior dos edifícios, inclusive de cassinos de bilhões de dólares, foram arrancadas pelos ventos poderosos do Hato (Tyrone Siu/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 08h56.

Macau / Hong Kong - Em meio a caos e confusão, Macau tentava se recuperar nesta quinta-feira da passagem de um dos tufões mais fortes já registrados no território, que matou ao menos nove pessoas e deixou mais da metade da cidade sem água e energia, obrigando os famosos cassinos a recorrer a geradores.

Agentes de resgate procuravam pessoas presas em carros submersos no ex-território português, e os já sobrecarregados serviços de emergência lutavam para responder aos chamados da crise.

Muitos moradores e turistas se queixaram de que o governo estava despreparado para o tufão Hato e seus ventos arrasadores de mais de 200 km/h.

A emissora estatal TDM de Macau disse que o Hato, uma tempestade de categoria máxima 10, foi o mais intenso a atingir o maior polo de jogos de azar do mundo e lar de cerca de 600 mil pessoas desde 1968.

"A cidade parece ter passado por uma guerra", disse um servidor público, que não quis se identificar por não estar autorizado a falar à mídia.

Na quarta-feira o Hato chegou ao polo financeiro vizinho de Hong Kong, arrancando árvores, alagando ruas, forçando o cancelamento de centenas de voos e suspendendo as negociações nas bolsas de valores.

Houve relatos de 34 feridos em Hong Kong, que não era assolada por um tufão de categoria 10 há cinco anos.

Devido à intensificação do Hato, a certa altura Hong Kong emitiu um alerta de tempestade de categoria 8 e disse que provavelmente ele ficaria mais forte, mas o governo de Macau só emitiu um alerta de tufão de categoria 3.

"Estou chocada com o aviso tardio e o despreparo com que esta supertempestade foi tratada. Os moradores estão em risco e incapazes de avaliar se a ajuda está a caminho", disse Ashley Sutherland-Winch, consultora de marketing de Macau.

Partes do exterior dos edifícios, inclusive de cassinos de bilhões de dólares, foram arrancadas pelos ventos poderosos do Hato.

Imagens em vídeo feitas por residentes de Macau e enviadas à Reuters mostraram um homem lutando para manter a cabeça fora da água em um estacionamento cercado de destroços. Outro vídeo mostrou um caminhão grande tombando e pedestres arrastados pelas calçadas. A Reuters não conseguiu verificar as filmagens de forma independente.

O Hato foi rebaixado a tempestade tropical nesta quinta-feira e está cerca de 680 quilômetros a oeste de Hong Kong. A expectativa é que ele enfraqueça mais mas à medida que segue terra adentro sobre a China.

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