O ministro rejeita as denúncias e instalou sindicância interna na pasta para apurar os escândalos. Ele também pediu que a Polícia Federal investigue o caso (Renato Araujo/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2011 às 12h38.
Brasília - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, deve ir à Comissão de Assuntos Sociais do Senado na quinta-feira para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidades em sua pasta, informou a secretaria da comissão nesta quarta.
Senadores aprovaram um convite ao ministro, com o apoio de parlamentares governistas.
O Ministério do Trabalho é alvo de denúncias sobre a existência de um suposto esquema de cobrança de propinas de organizações não-governamentais conveniadas com a pasta. O dinheiro obtido seria usado para abastecer o caixa do PDT, partido de cuja presidência Lupi está afastado por conta de seu cargo na Esplanada dos Ministérios.
Lupi defendeu a pasta na semana passada, mas teve seu nome diretamente envolvido no fim de semana, depois que a revista Veja o acusou de voar em um avião particular cedido por um dirigente de uma ONG.
O ministro já compareceu a audiência em comissão da Câmara dos Deputados, na semana passada, para dar a sua versão das denúncias noticiadas até então. Na ocasião, ele chegou a dizer que só deixaria o cargo "abatido à bala". Posteriormente ele pediu desculpas pela declaração, que desagradou o Palácio do Planalto, e disse "amar" a presidente Dilma Rousseff.
Lupi rejeita as denúncias e instalou sindicância interna na pasta para apurar as denúncias. Ele também pediu que a Polícia Federal investigue o caso.
Desde junho, cinco ministros já deixaram o governo Dilma em meio a acusações de irregularidades --Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).