Lula mantém Erenice, mas cobra reação rápida
Erenice será mantida no cargo, mas pode cair se aparecerem novas acusações
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou reação rápida da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, à denúncia de envolvimento num esquema de lobby no governo. Por enquanto, Erenice será mantida no cargo, mas pode cair se aparecerem novas acusações. Na avaliação do Planalto, o episódio causa estragos na campanha de Dilma Rousseff (PT).
Lula e a equipe de Dilma estão preocupados com a repercussão do caso. Na noite de ontem, por exemplo, as principais emissoras de TV deram destaque ao assunto do tráfico de influência na Casa Civil.
O governo foi informado de que haverá novas denúncias sobre a atuação de parentes de Erenice. "Se começar a pipocar uma coisa aqui e outra ali, muda o cenário. Aí ela terá de se afastar", disse ao jornal O Estado de S. Paulo um dos auxiliares de Lula. "Recomenda-se agilidade no tempo eleitoral."
Há menos de seis meses no cargo, Erenice foi secretária executiva da Casa Civil quando Dilma era ministra, de junho de 2005 a março deste ano. Sempre foi definida como "braço direito" da atual candidata do PT. Antes da Casa Civil, ela ocupou a assessoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, também escalada por Dilma.
Em conversas reservadas, Lula tem dito que aprendeu uma "lição de ouro" em dois mandatos: quando o escândalo bate à porta, é melhor demitir logo a tentar manter o ministro "sangrando". Nessas ocasiões, o presidente sempre lembra que demorou a se decidir pelo afastamento de José Dirceu, antecessor de Dilma na Casa Civil, e de Antonio Palocci - ex-ministro da Fazenda e hoje um dos principais coordenadores da campanha -, prolongando crises. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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