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Lula afirma que crise da Grécia volta mais forte

Para o presidente, a crise que assombra a Europa é fruto das poucas medidas tomadas para resolver a catástrofe financeira de 2008

Lula, em recepção oficial ao chegar a Moscou, na Rússia; presidente criticou o mercado financeiro em detrimento do setor produtivo (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Moscou - Em discurso de improviso a cerca de 250 empresários que participavam do Forum Empresarial Brasil-Rússia, o presidente Luís Inácio Lula da Silva advertiu que a crise da Grécia demonstra que "foi feito muito pouco para resolver os problemas da crise econômica e parece que ela volta mais forte que em 2008 por pura irresponsabilidade, por falta de controle do sistema financeiro".

Segundo Lula, Brasil e Rússia têm responsabilidade no G-20 e no Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) de trabalharem juntos para permitir que "pelo menos uma vez neste século o setor produtivo tenha a prioridade sobre o sistema financeiro; e o sistema financeiro tenha como finalidade o setor produtivo". Lula reiterou ainda que "não tem mágica em economia, não tem invenção; o que vale é a seriedade, é a estabilidade da economia e como se controla a inflação".

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Prosseguindo na parte de improviso do discurso, o presidente lembrou que na crise que atingiu o Brasil em 2008 "se não fossem os bancos públicos estarem reforçados, teríamos muito mais dificuldade de segurar a crise". Lula convidou ainda os empresários russos a ampliar seus negócios no Brasil e voltou a dizer que o protecionismo não é solução para problemas. O presidente disse também que o Brasil nunca ofereceu oportunidade de negócios como os que são oferecidos hoje e que o comércio perfeito é uma via de duas mãos, onde os dois países têm vantagens.

Lula classificou como "incompreensível" o pequeno volume do comércio entre os dois países e recomendou aos russos, a exemplo do que o Brasil fez nos últimos anos, que diversifiquem sua economia. Lula defendeu que a Rússia ingresse na Organização Mundial do Comércio (OMC) e afirmou que não se combate restrição com flexibilização de legislação trabalhista.

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