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Loretta Lynch, a americana que colocou a Fifa em xeque

Para a secretária de Justiça, os dirigentes presos corromperam o futebol, especialmente com subornos em torno da venda de direitos de transmissão de eventos


	Loretta Lynch: a americana acusou por corrupção nove membros da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo, por crimes ocorridos nos últimos 24 anos
 (AFP/ DON EMMERT)

Loretta Lynch: a americana acusou por corrupção nove membros da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo, por crimes ocorridos nos últimos 24 anos (AFP/ DON EMMERT)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 22h53.

Washington - Exatamente um mês depois de se tornar a primeira secretária de Justiça negra dos Estados Unidos, Loretta Lynch deu, nesta quarta-feira, um grande golpe contra a corrupção no futebol mundial, um relatório que ela mesma supervisionou com mão de ferro.

Desde sua primeira confirmação como secretária de Justiça no final de abril pelo Senado americano, Lynch anunciou sua determinação de perseguir os colarinhos brancos e outras elites, já que segundo salientou não exitem pessoas "que estejam acima da lei".

Filha de um pastor batista que defendeu os direitos civis há cinquenta anos em Greensboro, na Carolina do Norte, Loretta Lynch, de 55 anos, sucedeu no cargo Eric Holder, também afro-americano, que renunciou após mais de seis anos como secretário de Justiça.

Nesta quarta-feira, iniciou um tsunami ao acusar por corrupção nove membros da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo, por crimes ocorridos nos últimos 24 anos.

Os dirigentes da Fifa denunciados e presos corromperam o mundo do futebol, especialmente com subornos em torno da venda de direitos de transmissão de eventos, afirmou Lynch.

"Estas acusações são testemunhos da presença de uma corrupção endêmica, generalizada e profundamente instaurada no exterior e aqui nos Estados Unidos", afirmou.

"Começando em 1991, duas gerações de dirigentes do futebol (...) usaram seus cargos de confiança em suas respectivas organizações para pedir propinas de empresas de marketing esportivo em troca dos direitos comerciais sobre partidas de futebol", declarou Lynch.

Para a secretária de Justiça, "estes indivíduos e organizações participaram de subornos para decidir quem transmitiria as partidas pela TV, onde se realizariam os jogos e quem dirigiria as organizações que organizam o futebol a nível mundial".

Lynch completou que a organização da Copa América do Centenário, que será realizada em 201 nos Estados Unidos, motivou subornos milionários.

"As investigações revelaram que o que deveria ser uma expressão do esporte foi usado como um veículo para uma rede maior para chegar aos bolsos de executivos com subornos que totalizam 110 milhões de dólares", denunciou.

Nesta quarta-feira Lynch demonstrou disposição para cumprir o que havia anunciado quando foi nomeada secretária de Justiça dos Estados Unidos.

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