Londres diz que Putin escolheu o caminho do isolamento
Ministro britânico das Relações Exteriores disse que o presidente russo escolheu o caminho do isolamento ao anunciar a anexação à Rússia da Crimeia
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 11h25.
Londres - O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, disse nesta terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin , "escolheu o caminho do isolamento" ao anunciar a anexação à Rússia da península ucraniana da Crimeia.
Em um pronunciamento na Câmara dos Comuns, Hague reiterou que o referendo realizado na Crimeia no domingo passado, em que uma imensa maioria se mostrou propícia à união com a Rússia, é "claramente ilegal" sob a Constituição ucraniana.
O ministro acrescentou que a consulta foi "uma farsa" e "uma zombaria da prática democrática".
"É lamentável que o presidente Putin tenha escolhido o caminho do isolamento", negando aos cidadãos russos e crimeanos a associação com a comunidade internacional, disse.
O chefe do Foreign Office anunciou que o Reino Unido suspenderá toda a sua colaboração militar e suas licenças de exportação à Rússia de equipamento que possa ser utilizado para fazer escalar o conflito na Ucrânia e pediu tomar medidas similares no seio da União Europeia.
Hague reiterou aos deputados o desejo do Reino Unido de ver uma Ucrânia "estável, próspera e unificada, livre de interferências estrangeiras", e elogiou "a contenção" do governo ucraniano frente a "a imensa pressão" da Rússia.
A incursão militar da Rússia na Crimeia após a mudança de governo em Kiev e a eventual anexação dessa península violaram os princípios da legislação internacional e "ameaçam o futuro da Ucrânia", disse o chefe da diplomacia britânica.
William Hague não ocultou seu temor que o que Rússia possa considerar uma provocação em outras partes do território ucraniano sirva de desculpa para escalar o conflito.
O ministro britânico lembrou que as propostas apresentadas a seu colega russo, Sergei Lavrov, pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, na sexta-feira passada em Londres, foram rechaçadas pelo Kremlin.
Hague criticou que o Executivo russo procedesse com o reconhecimento do referendo e da Crimeia como Estado soberano para finalmente declarar hoje sua anexação à Rússia, onde a península de maioria de fala russa esteve integrada até sua cessão à Ucrânia em 1954.
O ministro informou aos deputados que atualmente se negocia uma expansão da missão dos observadores da OSCE a toda Ucrânia.
O titular do Foreign Office declarou que o conflito na Ucrânia é a maior ameaça à segurança na Europa neste início do século XXI e assegurou que a porta para uma resolução democrática "continua aberta" para a Rússia.
Hague adiantou ainda que se prepara um novo pacote de sanções "econômicas e comerciais" contra a Rússia, após a União Europeia aprovar o congelamento de ativos de 21 russos e ucranianos.
Londres - O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, disse nesta terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin , "escolheu o caminho do isolamento" ao anunciar a anexação à Rússia da península ucraniana da Crimeia.
Em um pronunciamento na Câmara dos Comuns, Hague reiterou que o referendo realizado na Crimeia no domingo passado, em que uma imensa maioria se mostrou propícia à união com a Rússia, é "claramente ilegal" sob a Constituição ucraniana.
O ministro acrescentou que a consulta foi "uma farsa" e "uma zombaria da prática democrática".
"É lamentável que o presidente Putin tenha escolhido o caminho do isolamento", negando aos cidadãos russos e crimeanos a associação com a comunidade internacional, disse.
O chefe do Foreign Office anunciou que o Reino Unido suspenderá toda a sua colaboração militar e suas licenças de exportação à Rússia de equipamento que possa ser utilizado para fazer escalar o conflito na Ucrânia e pediu tomar medidas similares no seio da União Europeia.
Hague reiterou aos deputados o desejo do Reino Unido de ver uma Ucrânia "estável, próspera e unificada, livre de interferências estrangeiras", e elogiou "a contenção" do governo ucraniano frente a "a imensa pressão" da Rússia.
A incursão militar da Rússia na Crimeia após a mudança de governo em Kiev e a eventual anexação dessa península violaram os princípios da legislação internacional e "ameaçam o futuro da Ucrânia", disse o chefe da diplomacia britânica.
William Hague não ocultou seu temor que o que Rússia possa considerar uma provocação em outras partes do território ucraniano sirva de desculpa para escalar o conflito.
O ministro britânico lembrou que as propostas apresentadas a seu colega russo, Sergei Lavrov, pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, na sexta-feira passada em Londres, foram rechaçadas pelo Kremlin.
Hague criticou que o Executivo russo procedesse com o reconhecimento do referendo e da Crimeia como Estado soberano para finalmente declarar hoje sua anexação à Rússia, onde a península de maioria de fala russa esteve integrada até sua cessão à Ucrânia em 1954.
O ministro informou aos deputados que atualmente se negocia uma expansão da missão dos observadores da OSCE a toda Ucrânia.
O titular do Foreign Office declarou que o conflito na Ucrânia é a maior ameaça à segurança na Europa neste início do século XXI e assegurou que a porta para uma resolução democrática "continua aberta" para a Rússia.
Hague adiantou ainda que se prepara um novo pacote de sanções "econômicas e comerciais" contra a Rússia, após a União Europeia aprovar o congelamento de ativos de 21 russos e ucranianos.