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Londres cria linha de ônibus entre bairros com comunidades judaicas para segurança; entenda

Transporte conecta os bairros Golders Green e Stamford Hill e medida acontece frente ao aumento de antissemitismo no país

Agência o Globo
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Publicado em 6 de setembro de 2024 às 08h30.

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A operadora Transport for London (TFL) anunciou na sexta-feira, 6, a criação de uma linha de ônibus que ligará áreas de Londres com uma comunidade judaica significativa, como medida de segurança, diante do aumento do antissemitismo no país.

"Fiquei surpreso com as conversas que tive nos últimos meses com a comunidade judaica", disse o prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, à BBC.

A nova linha, que já começou a operar, foi uma das promessas de campanha de reeleição de Khan e conectará dois bairros com grandes comunidades judaicas, Golders Green e Stamford Hill.

"As famílias me contaram que, quando trocavam de ônibus entre Stamford Hill e Golders Green, em Finsbury Park, ficaram assustadas com os insultos que receberam", acrescentou o prefeito.

Citado no comunicado da operadora de transporte, Khan também afirmou estar convencido de que esta linha "contribuirá para construir uma Londres mais segura, mais justa e mais verde para todos".

"Em um momento em que nossa comunidade enfrenta um antissemitismo sem precedentes, qualquer medida que aumente a confiança do povo judeu no uso do transporte público é imensamente valiosa", acrescentou Andrew Gilbert, copresidente da organização London Jewish Forum.

Segundo um relatório do Community Security Trust (CST), uma organização beneficente britânica cuja missão é oferecer segurança e aconselhamento à comunidade judaica no Reino Unido, no primeiro semestre de 2024 foi registrado no país um número recorde de 1.978 atos antissemitas.

Em mais da metade desses atos antissemitas, houve referência ao conflito entre Israel e Hamas.

O ataque do Hamas de 7 de outubro causou a morte de 1.205 pessoas no lado israelense, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

As represálias israelenses, que causaram uma catástrofe humanitária e sanitária na Faixa de Gaza, deixaram 40.878 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.

 

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