Mundo

Londres admite estar envolvido em negociações com talibãs afegãos

Objetivo dos contatos é realizar um processo de paz, mesmo com rejeição oficial dos talibãs

Antes, em declarações concedidas à BBC, Hague havia anunciado: "Houve contatos e o Reino Unido está, digamos, envolvido e apoia" estas negociações (Oli Scarff/Getty Images)

Antes, em declarações concedidas à BBC, Hague havia anunciado: "Houve contatos e o Reino Unido está, digamos, envolvido e apoia" estas negociações (Oli Scarff/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2011 às 13h52.

Islamabad - O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, reconheceu nesta quinta-feira no Paquistão que seu país está envolvido nos "contatos" mantidos com os talibãs afegãos para um processo de paz.

"O Reino Unido está relacionado a estes acontecimentos", assegurou o chanceler em uma entrevista coletiva à imprensa, embora tenha indicado que se tratava de "contatos muito preliminares".

"Há contatos, mas é um processo liderado pelos afegãos e o Reino Unido vai assisti-lo e facilitá-lo", insistiu o ministro.

Antes, em declarações concedidas à BBC, Hague havia anunciado: "Houve contatos e o Reino Unido está, digamos, envolvido e apoia" estas negociações.

No sábado passado, o presidente afegão Hamid Karzai anunciou que os Estados Unidos haviam iniciado negociações diretas com os talibãs, informação que foi confirmada no dia seguinte pelo secretário de Defesa americano Robert Gates.

Mas, enquanto Hague disse que o processo é conduzido "pelos afegãos", Karzai assegurou que as negociações são dirigidas "pelas forças estrangeiras".

Já os talibãs continuam rejeitando oficialmente qualquer negociação de paz, enquanto os 140.000 soldados ocidentais mobilizados no país permanecerem lá.

O presidente americano Barack Obama anunciou na quarta-feira "o começo" do fim da guerra no Afeganistão com a retirada, até o verão (hemisfério norte) de 2012, dos 33.000 soldados que os Estados Unidos mantêm no país asiático.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaDiplomaciaEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei