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Londres acorda para as consequências do pior tumulto em anos

Horas após os confrontos, fumaça ainda saía de alguns prédios, tijolos cobriam as ruas e alarmes continuavam soando

Prédio destruído por protesto em Londres na madrugada de domingo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2011 às 15h26.

LONDRES, 7 de agosto (Reuters) - Londres tentava se recuperar neste domingo da pior onda de violência vista na capital britânica em anos, atribuída por políticos e pela polícia a bandidos, enquanto moradores atribuíam à ira e a tensões locais sobre a situação financeira cada vez mais difícil.

Manifestantes atiraram coquetéis Molotov em carros de patrulha, prédios e ônibus de dois andares em um bairro pobre da capital, provocando vários incêndios. A polícia disse que 26 policiais ficaram feridos ao serem atacados com garrafas pelos manifestantes, que saquearam prédios, inclusive bancos, lojas e escritórios de parlamentares, e incendiaram três carros de patrulha perto da delegacia de Tottenham, no norte de Londres.

Os tumultos começaram depois que um protesto pela morte de um homem, morto a tiros por policiais nesta semana, ficou violento. Moradores disseram que foram obrigados a deixar suas casas para escapar dos tumultos, enquanto policiais a pé e a cavalo enfrentavam a multidão para tentar conter os manifestantes.

Durante a madrugada, a Polícia Metropolitana, que vai ser responsável pela segurança dos Jogos Olímpicos de Londres no próximo ano, enfrentou perguntas sobre como permitiu que os tumultos atingissem tal escala.

O tumulto só foi controlado neste domingo, horas após confrontos esporádicos. Fumaça ainda saía de alguns prédios, tijolos cobriam as ruas e alarmes continuavam soando.


Em uma galeria nas redondezas, lojas de celulares e de produtos eletrônicos foram saqueadas, e caixas de televisores foram deixadas no lado de fora, junto com CDs e vidro das vitrines destruídas.

O parlamentar David Lammy e chefes de policia pediram calma. "Isso deve parar," disse Lammy a repórteres, dizendo que não sabia se todos haviam escapado dos apartamentos em cima de lojas que foram incendiadas. "Uma comunidade que já estava em luto agora teve seu coração arrancado."

Os problemas começaram na noite de sábado, depois de uma demonstração pacífica contra a morte de Mark Duggan, de 29 anos, morto em uma troca de tiros com a polícia na quinta-feira. A morte de Duggan está sendo investigada pelo órgão independente da polícia.

Os tumultos também aconteceram em meio a uma crescente inquietação na Grã-Bretanha, com a economia lutando para se recuperar, e em meio a profundos cortes nos gastos públicos e aumento dos impostos para eliminar um deficit orçamentário que atingiu mais de 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

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LONDRES, 7 de agosto (Reuters) - Londres tentava se recuperar neste domingo da pior onda de violência vista na capital britânica em anos, atribuída por políticos e pela polícia a bandidos, enquanto moradores atribuíam à ira e a tensões locais sobre a situação financeira cada vez mais difícil.

Manifestantes atiraram coquetéis Molotov em carros de patrulha, prédios e ônibus de dois andares em um bairro pobre da capital, provocando vários incêndios. A polícia disse que 26 policiais ficaram feridos ao serem atacados com garrafas pelos manifestantes, que saquearam prédios, inclusive bancos, lojas e escritórios de parlamentares, e incendiaram três carros de patrulha perto da delegacia de Tottenham, no norte de Londres.

Os tumultos começaram depois que um protesto pela morte de um homem, morto a tiros por policiais nesta semana, ficou violento. Moradores disseram que foram obrigados a deixar suas casas para escapar dos tumultos, enquanto policiais a pé e a cavalo enfrentavam a multidão para tentar conter os manifestantes.

Durante a madrugada, a Polícia Metropolitana, que vai ser responsável pela segurança dos Jogos Olímpicos de Londres no próximo ano, enfrentou perguntas sobre como permitiu que os tumultos atingissem tal escala.

O tumulto só foi controlado neste domingo, horas após confrontos esporádicos. Fumaça ainda saía de alguns prédios, tijolos cobriam as ruas e alarmes continuavam soando.


Em uma galeria nas redondezas, lojas de celulares e de produtos eletrônicos foram saqueadas, e caixas de televisores foram deixadas no lado de fora, junto com CDs e vidro das vitrines destruídas.

O parlamentar David Lammy e chefes de policia pediram calma. "Isso deve parar," disse Lammy a repórteres, dizendo que não sabia se todos haviam escapado dos apartamentos em cima de lojas que foram incendiadas. "Uma comunidade que já estava em luto agora teve seu coração arrancado."

Os problemas começaram na noite de sábado, depois de uma demonstração pacífica contra a morte de Mark Duggan, de 29 anos, morto em uma troca de tiros com a polícia na quinta-feira. A morte de Duggan está sendo investigada pelo órgão independente da polícia.

Os tumultos também aconteceram em meio a uma crescente inquietação na Grã-Bretanha, com a economia lutando para se recuperar, e em meio a profundos cortes nos gastos públicos e aumento dos impostos para eliminar um deficit orçamentário que atingiu mais de 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

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