Mundo

Lilian Tintori denuncia "terrorismo de Estado" na Venezuela

Segundo a esposa do líder da oposição da Venezuela, Leopoldo López, o presidente do país está enviando mensagens de agressão contra ela


	Lilian Tintori: "Essas são as mensagens que Nicolás Maduro está enviando para que eu pare de fazer campanha", disse a esposa de Leopoldo López
 (AFP)

Lilian Tintori: "Essas são as mensagens que Nicolás Maduro está enviando para que eu pare de fazer campanha", disse a esposa de Leopoldo López (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 15h33.

Bogotá - Lilian Tintori, esposa do líder opositor venezuelano detido Leopoldo López, afirmou nesta sexta-feira para a imprensa colombiana que os atentados contra ela denunciados na quinta-feira são "terrorismo de Estado" de parte do governo do presidente Nicolás Maduro.

Segundo Tintori, Maduro está enviando mensagens de agressão contra ela, porque não só perseguem seu marido, condenado a mais de 13 anos de prisão, mas perseguem também ela.

"É um horror, é terrorismo de Estado, essas são as mensagens que Nicolás Maduro está enviando para que eu pare de fazer campanha, mas não vou parar, vamos assumir mais medidas de segurança, vamos assumir isto com muita responsabilidade porque sou mamãe de duas crianças que não podem ficar sozinhas, porque seu pai está preso", disse em uma entrevista à "Caracol Radio".

Tintori se referiu aos atentados que disse ter sofrido quando viajava com sua equipe para atos de campanha em dois aviões pequenos, um dos quais pegou fogo depois de perder os freios ao aterrissar, sem causar vítimas.

"Não duvido que o governo interveio no aeroporto Valle de la Pascua (onde esteve estacionado), porque o pequeno avião estava perfeito", disse.

Tintori acrescentou que depois em outro ato público foram atacados com uma rajada de dez tiros, fato no qual foi assassinado o opositor Luis Manuel Díaz, que participava da campanha da aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD).

"Foi muito perto de nós e eu me joguei no chão, senti que tinham atirado em mim, foi o segundo atentado nesse dia que se materializou com o assassinato de um companheiro da Unidade", comentou.

Tintori disse que apesar do acontecido tem mais fé em sua luta pela liberdade não só de seu marido, mas de todos os que a oposição considera "presos políticos".

"Tenho mais fé, foram momentos muito difíceis, horas difíceis, terror, horas de medo, de insegurança, mas com uma fé que nos mantém firmes, que nos diz que temos que continuar, que nos empurra a denunciar e a seguir com esta luta que é por amor, uma luta profunda por nossas famílias, pela liberdade de nossos presos políticos", afirmou.

"Quero dizer-lhes que por favor se mantenham próximos de nós, que não nos abandonem porque estamos vivendo horas difíceis e necessitamos da comunidade internacional", acrescentou Tintori.

A esposa de Leopoldo López disse estar confiante em que o povo venezuelano vai sair para votar maciçamente nas eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro e afirmou que o governo tem mais medo do que eles porque vão perder. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaNicolás MaduroOposição políticaPolíticaPolíticosPrisõesVenezuela

Mais de Mundo

MP da Venezuela convoca candidato opositor para depor na segunda-feira

Estado Islâmico reivindica ataque com faca que deixou três mortos na Alemanha

Inundações em Bangladesh levam 300.000 pessoas para abrigos de emergência

Alemanha prende suposto envolvido em esfaqueamento que deixou três mortos

Mais na Exame