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Liga Árabe quer que investiguem massacres na Síria

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby pediu investigação internacional para o massacre de famílias sírias em Homs, Idleb e outras regiões

Nesse sentido, ele reiterou a necessidade de os culpados dos massacres não escaparem da punição que merecem, e pediu que não voltem a cometer tais crimes (AFP)

Nesse sentido, ele reiterou a necessidade de os culpados dos massacres não escaparem da punição que merecem, e pediu que não voltem a cometer tais crimes (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 13h17.

Cairo - O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby, pediu nesta terça-feira a abertura de uma 'investigação internacional imparcial' para verificar os últimos massacres de civis cometidos na Síria e punir os culpados.

'As terríveis imagens divulgadas sobre crimes cometidos contra civis inocentes nas cidades de Homs, Idleb e outras regiões da Síria, especialmente o assassinato brutal de famílias completas, inclusive crianças, mulheres e idosos, devem ser investigados de maneira internacional', ressaltou Araby.

Em comunicado, a autoridade máxima da Liga Árabe considerou que essas ações podem ser classificadas como 'crimes contra a humanidade' e, por isso, em sua opinião, 'seria imoral e desumano não castigar aos culpados'.

O pedido do dirigente da Liga Árabe ocorre um dia após serem encontrados os corpos de 45 mulheres e crianças em Homs, onde a oposição síria já denunciou neste último mês vários massacres de famílias inteiras.

Os ativistas opositores culparam as forças do regime pelo massacre, enquanto as autoridades sírias responsabilizaram 'grupos terroristas', acusando-os de estar por trás da violência no país.

Araby lembrou que os ministros das Relações Exteriores da Liga emitiram em sua reunião realizada no último dia 10 no Cairo uma resolução que condenava 'as graves violações aos direitos humanos contra os civis sírios'.

Nesse sentido, ele reiterou a necessidade de os culpados dos massacres não escaparem da punição que merecem, e pediu que não voltem a cometer tais crimes.

Por último, Araby pediu ao regime sírio que colabore com a comissão investigadora da ONU sobre as violações de direitos humanos na Síria ou com qualquer outro comitê internacional imparcial para descobrir a verdade desses crimes.

Nesta segunda-feira, a comissão investigadora ressaltou sua oposição a qualquer intervenção militar na Síria, para a qual não vê outra solução a não ser o diálogo e uma saída negociada à violência. 

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