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Líderes da UE preveem restringir hoje empréstimos à Rússia

Chefes de Estado e de governo consideram que Moscou não está fazendo o suficiente para diminuir a tensão na Ucrânia


	Separatistas pró-Rússia: chefes de Estado e de governo da UE devem restringir empréstimos à Rússia
 (Dominique Faget/AFP)

Separatistas pró-Rússia: chefes de Estado e de governo da UE devem restringir empréstimos à Rússia (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 16h01.

Bruxelas - Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) preveem estabelecer nesta quarta-feira medidas que restrinjam os empréstimos de organismos financeiros comunitários a projetos nos quais a Rússia esteja envolvida, por considerar que Moscou não está fazendo o suficiente para diminuir a tensão na Ucrânia.

"Possivelmente (os líderes) pedirão a extensão da base legal (das sanções) e medidas sobre o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD)", afirmaram à Agência Efe fontes comunitárias.

Concretamente, declararam que "não serão assinados mais empréstimos para projetos com o setor público russo".

As fontes disseram que não há um pré-acordo entre os embaixadores dos 28 Estados comunitários, mas detalharam que, se assim decidirem os líderes na cúpula que realizam em Bruxelas, espera-se que o Conselho de Ministros das Relações Exteriores da UE, que se reunirá na próxima terça-feira, adote os textos legais necessários para aplicar esta medida restritiva à Rússia.

Fontes diplomáticas confirmaram hoje que no projeto de conclusões da cúpula 'espera-se que o Conselho Europeu encarregue os ministros das Relações Exteriores de ampliar as sanções a entidades que atuem contra a integridade territorial e a soberania da Ucrânia'.

A extensão da lista negra de sancionados poderia afetar tanto pessoas como entidades, explicaram fontes europeias à Efe.

Na lista há por enquanto 72 pessoas às quais a UE considera responsáveis de ameaçar a integridade e a soberania da Ucrânia no leste do país e duas entidades desapropriadas na Crimeia e Sebastopol, por ocasião da anexação em março da península por parte da Rússia.

Os chefes de Estado e de governo dos países comunitários se reúnem hoje para abordar as novas nomeações de altos cargos da UE, mas dedicarão parte de seus debates a analisar a situação na Ucrânia e também no Oriente Médio.

Em sua chegada à reunião, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, assegurou que a discussão de hoje será 'importante' e que "talvez o mais importante seja o fato de que a situação na Ucrânia é inaceitável".

"A Rússia não está respeitando a integridade territorial desse país', denunciou Cameron, considerando necessário "enviar uma mensagem muito clara com ações claras".

A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que, "infelizmente, não aconteceu nada" desde a última reunião dos líderes da UE com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, no último dia 27 de junho em Bruxelas, na qual os comunitários estabeleceram passos claros para que a Rússia diminua a tensão, sob ameaça de novas sanções.

Por isso, Merkel especificou que hoje os líderes vão "falar de novas e mais sanções" porque "a contribuição russa não é suficiente", enquanto nas províncias orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk continuam os enfrentamentos entre os rebeldes pró-russos e as forças leais a Kiev.

Desde que explodiu a crise russo-ucraniana, a UE adotou diversas sanções contra Moscou, entre elas a suspensão de vistos e de reuniões de alto nível entre as partes, embora por enquanto não tenha entrado no terreno de restringir diretamente a cooperação econômica.

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