Liderança de Trump e Hillary são colocadas à prova
Nas primárias desta terça-feira os eleitores vão às urnas para confirmar ou frear a hegemonia de Donald Trump e ampliar ou não a liderança de Hillary Clinton
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2016 às 16h32.
Washington - Esta terça-feira é dia de primárias nos Estados Unidos : os eleitores de quatro estados vão às urnas para confirmar ou frear a hegemonia de Donald Trump do lado republicano, enquanto a democrata Hillary Clinton espera ampliar sua liderança frente a Bernie Sanders.
A situação evolui rapidamente na corrida pelas primárias republicanas.
A cada semana, Donald Trump, de 69 anos, fortalece-se, com 12 vitórias em 20, obtendo a maioria dos delegados em diferentes regiões como o nordeste ou o sul.
Mas, logo atrás, o senador do Texas Ted Cruz, de 45 anos, campeão da direita religiosa, tem se mostrado competitivo no Texas e estados vizinhos.
Os anti-Trump, que o consideram muito intransigente para unir o partido, hesitam em apoiá-lo em detrimento do senador da Flórida Marco Rubio, de 44 anos, em terceiro lugar na disputa, que aposta a sua sobrevivência na Flórida na próxima semana.
O calvário chegou na forma de spots eleitorais, retratando Donald Trump como um charlatão, uma campanha publicitária financiada por republicanos consternados com o fato de o homem que uma vez flertou com o Partido Democrata possa usar as cores conservadoras na eleição presidencial em novembro.
Um deles, veiculado na Flórida, compila os palavrões proferidos por Donald Trump durante a campanha. Financiada pela organização American Future Fund, que não revela seus doadores, a campanha custou vários milhões de dólares, de acordo com seu porta-voz Stuart Roy, uma quantidade substancial.
Outras peças publicitárias, criadas pela organização Club for Growth, têm como alvos os republicanos de Illinois. "Ele realmente nos trata como idiotas", diz o narrador.
Illinois, Flórida e outros estados votarão em 15 de março em uma nova "Super Terça".
Sentindo-se ameaçado, Donald Trump anunciou o lançamento de uma campanha publicitária própria na Flórida contra Marco Rubio, o senador local.
A propaganda, muito virulenta, chama o candidato de "corrupto", recordando um caso antigo de cartões de crédito. Se derrotado em seu próprio estado, Marco Rubio poderia ser forçado a jogar a toalha.
"O pequeno Marco, nunca o vemos no Senado", declarou Donald Trump na segunda-feira em um comício na Carolina do Norte, onde mais uma vez pediu para que os eleitores votem nele.
Setor automotivo
"Eu sou o único candidato a bater Donald Trump uma e outra vez", vangloriou-se Ted Cruz, orgulhoso de suas vitórias.
Michigan, no norte, e Mississippi, no sul, votam nesta terça-feira em ambas as primárias, democratas e republicanas. Os partidos republicanos em Idaho e Havaí também organizam suas consultas.
Um total de 150 delegados republicanos (de 1.237 necessários para conquistar a indicação) e 166 democratas (de 4.763) serão nomeados.
Donald Trump lidera a corrida em Michigan, de acordo com uma pesquisa recente da Universidade Monmouth, com 36% dos votos contra 23% para Ted Cruz, embora John Kasich, governador de Ohio, trabalha no terreno e espera uma surpresa.
No Mississippi, nenhuma pesquisa recente foi publicada, mas em fevereiro o bilionário aparecia dominando seus rivais.
Entre os democratas, Hillary Clinton é a favorita em ambos os estados, particularmente no Mississippi, onde os negros representam um importante bloco de eleitores.
Até agora, mais de 80% dos negros votaram na democrata nos outros estados do sul.
Michigan e Detroit são o coração da indústria automobilística americana, e Hillary Clinton acusou Bernie Sanders de votar contra o pacote de resgate do setor em 2008/2009.
"Votei a favor do salvamento do setor, ele votou contra", repetiu na segunda-feira, durante uma visita a uma empresa de software em Grand Rapids.
Na verdade, Bernie Sanders votou a favor do dispositivo de auxílio mas, em uma votação subsequente, tentou bloquear os créditos que deveriam ser usados para socorrer o sistema bancário e em parte as fabricantes de automóveis.
O senador de Vermont ressaltou, por sua vez, o apoio de Hillary Clinton em favor de acordos de livre comércio que, segundo ele, custaram milhões de postos de trabalho.
Washington - Esta terça-feira é dia de primárias nos Estados Unidos : os eleitores de quatro estados vão às urnas para confirmar ou frear a hegemonia de Donald Trump do lado republicano, enquanto a democrata Hillary Clinton espera ampliar sua liderança frente a Bernie Sanders.
A situação evolui rapidamente na corrida pelas primárias republicanas.
A cada semana, Donald Trump, de 69 anos, fortalece-se, com 12 vitórias em 20, obtendo a maioria dos delegados em diferentes regiões como o nordeste ou o sul.
Mas, logo atrás, o senador do Texas Ted Cruz, de 45 anos, campeão da direita religiosa, tem se mostrado competitivo no Texas e estados vizinhos.
Os anti-Trump, que o consideram muito intransigente para unir o partido, hesitam em apoiá-lo em detrimento do senador da Flórida Marco Rubio, de 44 anos, em terceiro lugar na disputa, que aposta a sua sobrevivência na Flórida na próxima semana.
O calvário chegou na forma de spots eleitorais, retratando Donald Trump como um charlatão, uma campanha publicitária financiada por republicanos consternados com o fato de o homem que uma vez flertou com o Partido Democrata possa usar as cores conservadoras na eleição presidencial em novembro.
Um deles, veiculado na Flórida, compila os palavrões proferidos por Donald Trump durante a campanha. Financiada pela organização American Future Fund, que não revela seus doadores, a campanha custou vários milhões de dólares, de acordo com seu porta-voz Stuart Roy, uma quantidade substancial.
Outras peças publicitárias, criadas pela organização Club for Growth, têm como alvos os republicanos de Illinois. "Ele realmente nos trata como idiotas", diz o narrador.
Illinois, Flórida e outros estados votarão em 15 de março em uma nova "Super Terça".
Sentindo-se ameaçado, Donald Trump anunciou o lançamento de uma campanha publicitária própria na Flórida contra Marco Rubio, o senador local.
A propaganda, muito virulenta, chama o candidato de "corrupto", recordando um caso antigo de cartões de crédito. Se derrotado em seu próprio estado, Marco Rubio poderia ser forçado a jogar a toalha.
"O pequeno Marco, nunca o vemos no Senado", declarou Donald Trump na segunda-feira em um comício na Carolina do Norte, onde mais uma vez pediu para que os eleitores votem nele.
Setor automotivo
"Eu sou o único candidato a bater Donald Trump uma e outra vez", vangloriou-se Ted Cruz, orgulhoso de suas vitórias.
Michigan, no norte, e Mississippi, no sul, votam nesta terça-feira em ambas as primárias, democratas e republicanas. Os partidos republicanos em Idaho e Havaí também organizam suas consultas.
Um total de 150 delegados republicanos (de 1.237 necessários para conquistar a indicação) e 166 democratas (de 4.763) serão nomeados.
Donald Trump lidera a corrida em Michigan, de acordo com uma pesquisa recente da Universidade Monmouth, com 36% dos votos contra 23% para Ted Cruz, embora John Kasich, governador de Ohio, trabalha no terreno e espera uma surpresa.
No Mississippi, nenhuma pesquisa recente foi publicada, mas em fevereiro o bilionário aparecia dominando seus rivais.
Entre os democratas, Hillary Clinton é a favorita em ambos os estados, particularmente no Mississippi, onde os negros representam um importante bloco de eleitores.
Até agora, mais de 80% dos negros votaram na democrata nos outros estados do sul.
Michigan e Detroit são o coração da indústria automobilística americana, e Hillary Clinton acusou Bernie Sanders de votar contra o pacote de resgate do setor em 2008/2009.
"Votei a favor do salvamento do setor, ele votou contra", repetiu na segunda-feira, durante uma visita a uma empresa de software em Grand Rapids.
Na verdade, Bernie Sanders votou a favor do dispositivo de auxílio mas, em uma votação subsequente, tentou bloquear os créditos que deveriam ser usados para socorrer o sistema bancário e em parte as fabricantes de automóveis.
O senador de Vermont ressaltou, por sua vez, o apoio de Hillary Clinton em favor de acordos de livre comércio que, segundo ele, custaram milhões de postos de trabalho.