Agência de Notícias
Publicado em 2 de novembro de 2024 às 12h11.
O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, advertiu Israel e Estados Unidos neste sábado que ambos “receberão uma resposta esmagadora” por suas ações contra o Irã e a aliança anti-Israel Eixo da Resistência.
“Os inimigos, tanto o regime sionista (Israel) quanto os Estados Unidos, definitivamente receberão uma resposta esmagadora pelo que estão fazendo contra o Irã e o povo iraniano e o Eixo de Resistência”, disse Khamenei em uma reunião com milhares de estudantes na véspera do 45º aniversário da tomada da embaixada dos EUA em Teerã em 1979, informou a agência "IRNA".
Khamenei garantiu que “os representantes do povo iraniano não esquecerão a ação do inimigo”, referindo-se ao ataque de Israel no último sábado contra alvos militares iranianos nas províncias de Teerã, Ilam e Cuzistão, que, de acordo com a versão do Irã, causou “danos limitados” aos sistemas de radar e a morte de um civil e quatro militares.
Os ataques de Israel foram uma resposta ao bombardeio do Irã com cerca de 180 mísseis em 1º de outubro, que, por sua vez, foi uma retaliação aos assassinatos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do Hamas, Ismael Haniyeh, em Teerã, em julho.
O jornal americano "The New York Times" noticiou nesta sexta-feira que Khamenei havia ordenado ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã que se prepare para um ataque a Israel porque os danos à infraestrutura iraniana e as baixas eram “grandes demais para serem ignorados” e que “não responder seria aceitar a derrota”.
“A questão não é simplesmente uma questão de vingança; é um movimento lógico. É um confronto que está em conformidade com a religião, a ética, a lei e as normas internacionais”, disse Khamenei em seu discurso aos estudantes.
A mais alta autoridade política e religiosa do Irã afirmou ainda que o Irã fará o que for necessário, “em termos militares, armamentistas ou políticos” para confrontar as potências arrogantes, referindo-se aos Estados Unidos e sistemas imperialistas.
Khamenei defendeu a tomada da embaixada dos EUA em 1979, o ano do triunfo da Revolução Islâmica, e a captura de 52 funcionários como reféns por 444 dias, alegando que a sede diplomática agia como um centro de inteligência e planejava ações contra a revolução.
O líder supremo do Irã disse que as autoridades do país não pouparão esforços para “enfrentar a arrogância global e o sistema criminoso que domina a atual ordem mundial”.
O Irã celebrará neste domingo a tomada da embaixada dos EUA, apelidada de “ninho de espiões” pelo país islâmico, com uma concentração na antiga sede diplomática