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Líder opositor venezuelano denuncia torturas na prisão

López foi condenado por acusações de "incitação à violência" durante protestos para pressionar a renúncia de Maduro entre fevereiro e maio de 2014

O líder da oposição da Venezuela Leopoldo López: denúncia de tortura (Jorge Silva/Reuters)

O líder da oposição da Venezuela Leopoldo López: denúncia de tortura (Jorge Silva/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de junho de 2017 às 13h01.

O líder opositor venezuelano Leopoldo López denunciou aos gritos que está sendo torturado na prisão militar na qual cumpre uma pena de 13 anos e nove meses.

"Lilian, estão me torturando! Denunciem! Denunciem!", grita López em um vídeo divulgado na sexta-feira nas redes sociais por sua esposa, Lilian Tintori.

O vídeo foi gravado diante das instalações da prisão de Ramo Verde, nos arredores de Caracas.

Tintori já havia denunciado na sexta-feira que o marido estava isolado e incomunicável, em um momento de grande tensão política e de protestos intenso contra o presidente Nicolás Maduro que deixaram 75 mortos em 12 semanas.

A situação ficou ainda mais grave depois que Maduro convocou uma Assembleia Constituinte.

"Nenhum de seus advogados consegue ver Leopoldo desde 6 de abril (...) Está incomunicável", afirmou a ativista em uma entrevista coletiva.

Fontes do partido fundado por López, Vontade Popular, compareceram durante a noite a Ramo Verde e exigiram, sem sucesso, permissão para ver o líder opositor, preso desde fevereiro de 2014.

"Você tem que comprovar a saúde e a integridade de Leopoldo e a forma de fazê-lo é permitindo que seus familiares ou os advogados entrem para vê-lo (...) Isto é muito grave", disse Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento, de maioria opositora, ao ministro da Defesa, general Vladimir Padrino.

No início de maio o boato sobre a morte de López tomou conta da Venezuela. A notícia foi desmentida por um vídeo do líder chavista Diosdado Cabello.

López, de 46 anos, foi condenado por acusações de "incitação à violência" durante protestos para pressionar a renúncia de Maduro, que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.

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