Líder do Senado dos EUA descarta sessão extraordinária sobre armas
Após os atentados, mais de 200 prefeitos enviaram uma carta ao Senado pedindo a convocação de uma sessão extraordinária
AFP
Publicado em 9 de agosto de 2019 às 11h41.
O líder da maioria republicana no Senado americano , Mitch McConnell, disse que não convocará os congressistas durante as férias de verão (hemisfério norte) para aprovar uma legislação de controle de armas , após dois ataques a tiros que deixaram 31 mortos.
Mais de 200 prefeitos americanos enviaram uma carta, na quinta-feira (9), aos líderes do Senado para que convoquem uma sessão extraordinária na Casa. O objetivo seria tramitar projetos de lei já aprovados na Câmara de Representantes e que poderão permitir a verificação dos antecedentes de todos os compradores de armas. Os textos também regularizariam as vendas entre particulares e em feiras.
Em entrevista a uma rádio local no Kentucky, McConnell disse que, embora a legislação sobre armas de fogo vá ser "central" na próxima sessão do Senado, ele não ordenará a volta dos congressistas. Alegou que vai esperar uma "discussão bipartidária" entre republicanos e democratas.
"Quero fazer uma lei, não apenas ver esta luta política sem fim", disse ele à NewsRadio 840 WHAS, acrescentando que "provavelmente também deve se debater" uma possível proibição das armas de assalto, quando os legisladores voltarem de seu recesso em setembro.
McConnell sufocou os esforços do Congresso para expandir os controles de armas, em meio a temores dos republicanos de que este tema seja um duro golpe nas urnas no ano que vem.
A carta da influente Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos apontou para dois projetos de lei de verificação de antecedentes já aprovados pela Câmara baixa - de maioria democrata - em fevereiro. Até agora, porém, McConnell basicamente bloqueou esta pauta no Senado.
Na quarta-feira, o presidente Donald Trump disse apoiar a legislação proposta no Senado para bloquear a venda de armas para pessoas com doenças mentais. O republicano declarou ainda que não teria apoio político suficiente para aprovar uma legislação mais rígida, como a da Câmara, ou as proibições de rifles de assalto altamente letais usados em muitos desses ataques em massa.