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Líder do Marrocos diz que homem que não quer poligamia "mente"

Casado há mais de 20 anos com sua única esposa, Nabila, Abdelilah Benkirane defende que a poligamia é um desejo de qualquer homem

Marrocos: poligamia é muito restrita no país, já que para assumir uma relação com mais de uma mulher o homem precisa de aprovação expressa da primeira esposa (Danpixel/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 11h18.

Rabat - O chefe do governo do Marrocos , Abdelilah Benkirane, abriu uma nova polêmica sobre questões envolvendo as mulheres ao declarar que "o homem que disser que não deseja a poligamia, mente".

Em entrevista à revista "Arrajol", voltada ao público masculino da Arábia Saudita, Benkirane aborda mais questões pessoais do que políticas, e enfatiza ser um homem sincero e que não sabe mentir.

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Casado há mais de 20 anos com sua única esposa, Nabila, ele defende que a poligamia é um desejo de qualquer homem, mas que ele não pratica por seu "o intenso amor" por sua mulher.

A poligamia é muito restrita no Marrocos, já que para assumir uma relação com mais de uma mulher o homem precisa de aprovação expressa da primeira esposa, e anualmente cerca de 900 casos são registrados, segundo dados do Ministério da Justiça.

Esta, no entanto, não é a primeira vez que Benkirane trata do tema, sempre em termos liberais, já que o islã autoriza esse tipo de união conjugal, e certa vez afirmou que ser poligâmico era muito caro. Em reunião com correligionários em 2015, e entre risos, argumentou: "Uma esposa sai mais barato do que uma amante (...) A esposa tenta sempre economizar o dinheiro de seu marido e de seus filhos, enquanto a amante quer gastar tudo".

Nos dois governos que Benkirane presidiu nos últimos cinco anos houve pelo menos dois casos conhecidos de ministros polígamos, ambos muçulmanos.

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