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Líder do Hamas no exílio apoia projeto palestino na ONU

Ao contrário do líder, dirigentes do Hamas dentro da Faixa de Gaza criticaram a iniciativa de Abbas de obter o status de Estado observador para a Palestina


	O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal: ele enfatizou "a necessidade dessa iniciativa de se enquadrar na visão e estratégia nacional para preservar os direitos da nação"
 (Gianluigi Guercia/AFP)

O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal: ele enfatizou "a necessidade dessa iniciativa de se enquadrar na visão e estratégia nacional para preservar os direitos da nação" (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 12h52.

Gaza - O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, anunciou nesta segunda-feira seu apoio à tentativa do presidente palestino Mahmud Abbas de obter o status de Estado observador para a Palestina na ONU.

"Khaled Meshaal transmitiu em conversa telefônica com o presidente Abbas o apoio do Hamas ao processo na ONU para obter o status de Estado observador", destaca um comunicado.

Ele enfatizou "a necessidade dessa iniciativa de se enquadrar na visão e estratégia nacional para preservar os direitos da nação, com base nos bens do povo palestino, a começar pela resistência".

Ao contrário do escritório político exilado, dirigentes do Hamas dentro da Faixa de Gaza criticaram a iniciativa de Abbas na ONU, denunciando a falta de consulta com o conjunto dos movimentos palestinos.

O porta-voz do chefe do Governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, desmentiu em 22 de novembro ter aprovado o projeto de Abbas após conversa telefônica, como havia anunciado a agência oficial WAFA.

Em compensação, em 17 de novembro, o número dois do Hamas, Moussa Abou Marzouk, exilado no Cairo, havia incitado Mahmoud Abbas a "não desistir de ir à ONU", estimando que a ofensiva israelense em Gaza era "um aviso" israelense para desencorajar a iniciativa diplomática.

Abbas viajará a Nova York, onde será examinado o pedido palestino na quinta-feira na Assembleia Geral da ONU.

Israel e Estados Unidos se opõem ao projeto, argumentando que um Estado palestino só pode ser resultado de negociações de paz, abandonadas há mais de dois anos.

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