Líder de protesto tailandês pede um ano para reformas
Suthep Thaugsuban falou em uma força policial voluntária, em descentralização do poder e reforma eleitoral
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 08h06.
Bangcoc - O líder de um grupo que tenta derrubar o governo tailandês e cancelar as próximas eleições disse nesta sexta-feira que a primeira-ministra Yingluck Shinawatra deveria renunciar ou ser deposta, e que seu movimento precisaria então de um ano para promover reformas .
Suthep Thaugsuban, que renunciou ao Parlamento para comandar os protestos, e seus aliados falam em uma força policial voluntária, em descentralização do poder e reforma eleitoral -- mas, exceto isso, oferecem poucos detalhes específicos.
Yingluck convocou uma eleição para 2 de fevereiro, na tentativa de acabar com os protestos populares, mas Suthep, sabendo que aliados dela provavelmente venceriam o pleito, quer que o governo seja assumido por um "conselho popular" sem membros eletivos.
Apresentando suas ideias à imprensa, Suthep disse que vai se reunir no sábado com líderes militares para discutir a estratégia, mas rejeitou a ideia de um acordo com Yingluck, que comanda um governo interino agora que o rei aprovou a data da eleição.
No sábado, ela promoverá um evento para discutir reformas, mas diz que elas só poderão ser redigidas e implementadas depois da eleição.
"Os convites de Yingluck para fóruns de reforma nacional não são novidade. Não aceitamos a oferta de Yingluck. Não vamos negociar", disse Suthep a jornalistas.
A Tailândia vive há oito anos numa crise política, cujo pivô é o irmão de Yingluck, o bilionário Thaksin Shinawatra, um ex-primeiro-ministro muito popular entre os tailandeses mais pobres.
Depois de ser deposto por militares, em 2006, ele se exilou para não ser preso por abusos de poder. A elite monarquista e a classe média urbana rejeitam o político populista e criticam sua influência sobre o gabinete da irmã -- ele já teria inclusive comandado reuniões ministeriais via Skype.
"Em vez de emitirem leis que beneficiem o povo... eles usaram o sistema parlamentar do jeito errado, para ajudar apenas um grupo de pessoas... para lavar a culpa de Thaksin Shinawatra", disse Suthep, referindo-se a um projeto de anistia política que serviu como catalisador da atual crise.
A "saída branda" para o impasse, segundo ele, seria que Yingluck renunciasse e permitisse que o conselho de Suthep promovesse reformas. Se não, as pessoas iriam simplesmente tomar o poder, segundo ele. "Quando completarmos isso em 12 a 14 meses..., tudo voltaria ao normal", disse Suthep.
Bangcoc - O líder de um grupo que tenta derrubar o governo tailandês e cancelar as próximas eleições disse nesta sexta-feira que a primeira-ministra Yingluck Shinawatra deveria renunciar ou ser deposta, e que seu movimento precisaria então de um ano para promover reformas .
Suthep Thaugsuban, que renunciou ao Parlamento para comandar os protestos, e seus aliados falam em uma força policial voluntária, em descentralização do poder e reforma eleitoral -- mas, exceto isso, oferecem poucos detalhes específicos.
Yingluck convocou uma eleição para 2 de fevereiro, na tentativa de acabar com os protestos populares, mas Suthep, sabendo que aliados dela provavelmente venceriam o pleito, quer que o governo seja assumido por um "conselho popular" sem membros eletivos.
Apresentando suas ideias à imprensa, Suthep disse que vai se reunir no sábado com líderes militares para discutir a estratégia, mas rejeitou a ideia de um acordo com Yingluck, que comanda um governo interino agora que o rei aprovou a data da eleição.
No sábado, ela promoverá um evento para discutir reformas, mas diz que elas só poderão ser redigidas e implementadas depois da eleição.
"Os convites de Yingluck para fóruns de reforma nacional não são novidade. Não aceitamos a oferta de Yingluck. Não vamos negociar", disse Suthep a jornalistas.
A Tailândia vive há oito anos numa crise política, cujo pivô é o irmão de Yingluck, o bilionário Thaksin Shinawatra, um ex-primeiro-ministro muito popular entre os tailandeses mais pobres.
Depois de ser deposto por militares, em 2006, ele se exilou para não ser preso por abusos de poder. A elite monarquista e a classe média urbana rejeitam o político populista e criticam sua influência sobre o gabinete da irmã -- ele já teria inclusive comandado reuniões ministeriais via Skype.
"Em vez de emitirem leis que beneficiem o povo... eles usaram o sistema parlamentar do jeito errado, para ajudar apenas um grupo de pessoas... para lavar a culpa de Thaksin Shinawatra", disse Suthep, referindo-se a um projeto de anistia política que serviu como catalisador da atual crise.
A "saída branda" para o impasse, segundo ele, seria que Yingluck renunciasse e permitisse que o conselho de Suthep promovesse reformas. Se não, as pessoas iriam simplesmente tomar o poder, segundo ele. "Quando completarmos isso em 12 a 14 meses..., tudo voltaria ao normal", disse Suthep.