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Líder das Farc afirma que guerrilha já entregou 30% de suas armas

Há uma semana o governo colombiano e as Farc decidiram estender até 20 de junho o prazo da entrega de armas por parte da guerrilha

Farc: as Nações Unidas afirmaram que contabilizaram cerca de 7.000 armas que as Farc tinham em seu poder (foto/Getty Images)
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EFE

Publicado em 7 de junho de 2017 às 21h10.

Bogotá - O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ), Rodrigo Londoño, codinome "Timochenko", afirmou nesta quarta-feira que o grupo guerrilheiro já entregou à Missão das Nações Unidas 30% do armamento que tinha em seu poder.

"30% de nosso armamento foi posto nas mãos da Missão da ONU na Colômbia. As Farc estão cumprindo com a sua palavra", escreveu "Timochenko" em sua conta no Twitter.

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Há uma semana o governo colombiano e as Farc decidiram estender até 20 de junho o prazo da entrega de armas por parte da guerrilha, que inicialmente deveria ter concluído em 29 de maio, devido a atrasos surgidos no processo de implementação do acordo de paz por diferentes motivos.

Na zona de vereda transitória de normalização (ZVTN) de Caño Índio, situada no departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela, à qual chegou no último dia 27 de maio, "Timochenko" realizou um pequeno ato que foi acompanhado pela agência "NC Notícias", vinculada às Farc.

"Ficou estabelecido que as Nações Unidas receberão o armamento, o depositarão nos contêineres e certificarão a entrega de armas de cada um dos integrantes das Farc", detalhou "Timochenko".

No vídeo o líder das Farc afirma que as partes determinaram que a entrega de armas será feita em três passos: 30% hoje; em 14 de junho, outro 30%, e em 20 de junho, o 40% restante.

"No dia de hoje fazemos claras demonstrações perante o mundo dos avanços irreversíveis dos acordos de (paz de) Havana. Ocupações do senhor presidente impediram a sua presença, o que não evita que as Farc anunciem ao mundo o nosso cumprimento, é o que nos reúne esta tarde", destacou.

"Timochenko" acrescentou que este é o começo efetivo "de nosso adeus às armas (...) jamais voltaremos a empregar a violência, a nossa única arma será a palavra, prometemos e cumpriremos".

Por sua parte, o observador da ONU, o coronel guatemalteco Lev Ladislao Lopez, presente na ZVTN, agradeceu às Farc "por assumir o compromisso que um dia foi estipulado e permitir o início do processo e da transição à legalidade e ter confiado na ONU".

Em abril deste ano as Nações Unidas afirmaram que contabilizaram cerca de 7.000 armas que as Farc tinham em seu poder.

Até o momento, a Missão da ONU tinha recebido cerca de mil armas que pertenciam a guerrilheiros que hoje realizam trabalhos de implementação do acordo.

Entre eles estão os que fazem parte do Mecanismo de Monitoramento e Verificação (MM&V) do cessar-fogo, em que também há representantes da polícia e observadores da ONU.

Uma vez que as armas sejam entregues, os membros da ONU devem inutilizá-las e, posteriormente, as empregarão na construção de três estátuas.

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