Exame Logo

Líder chavista afirma que Freddy Superlano “está detido e falando muito bem”

Oposição diz que ex-deputado pelo partido Vontade Popular foi sequestrado na terça-feira, 30

(FILES) Former Venezuelan presidential pre-candidate for the opposition Voluntad Popular (VP) party, Freddy Superlano (L), speaks and shows his support for Venezuelan presidential pre-candidate for the opposition Vente Venezuela party, Maria Corina Machado (R), after withdrawing his candidacy for the primary elections during a press conference in Caracas on October 13, 2023. Superlano, a leading figure within Venezuela's opposition coalition was arrested on July 30, 2024, his party said, denouncing an "escalation of repression" amid protests against the re-election of President Nicolas Maduro. (Photo by Federico PARRA / AFP) (AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 08h45.

O ex-deputado do partido opositor venezuelano Vontade Popular, Freddy Superlano, cujo paradeiro sua família e a maioria antichavista dizem desconhecer depois de mais de 30 horas desde que foi levado por um grupo de “encapuzados”, está "detido e falando muito bem", segundo assegurou um líder chavista na madrugada desta quinta-feira.

“Ele está detido e falando muito bem, é bilíngue”, disse o primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, considerado o número dois do chavismo, em seu programa semanal transmitido pela emissora estatal “VTV”.

Veja também

Cabello não deu mais detalhes, apesar dos inúmeros apelos feitos pela Plataforma Unitária Democrática (PUD) – principal bloco de oposição -, por vários dos partidos e dirigentes que compõem esta coalizão e por familiares do ex-deputado, que foi preso na terça-feira - junto com seu assistente Renso Salinas e o motorista Rafael García - por "funcionários encapuzados", segundo denunciou o partido Venha Venezuela (VV).

A esposa de Superlano, Aurora Silva, declarou na quarta-feira à Agência EFE que não sabia o paradeiro do antichavista, assim como de Salinas e García, apesar de estar "percorrendo todos os centros de detenção (em Caracas) em busca de informações e exigindo um atestado de vida" dos detidos.

Silva relatou que se dirigiu à sede do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), bem como da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), onde lhe disseram que Superlano, Salinas e García não estavam lá.

O Vontade Popular, do qual Superlano é coordenador político, destacou na rede social X que já se passaram 30 horas desde a prisão do ex-deputado, razão pela qual exigiram “acesso imediato para comprovar sua integridade física”.

Na terça-feira, um grupo de pessoas identificadas como “funcionários encapuzados” deteve Superlano, assim como o assistente e o motorista, segundo o Venha Venezuela, que compartilhou um vídeo que o mostra sendo levado em um veículo.

O Vontade Popular garantiu que Superlano foi “sequestrado”, ao mesmo tempo que alertou a comunidade internacional sobre “a escalada repressiva da ditadura de Nicolás Maduro contra ativistas da causa democrática”, após as eleições em que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou o presidente chavista vencedor, um resultado amplamente questionado.

Até o momento, as razões pelas quais Superlano foi detido são desconhecidas.

Manifestantes vão às ruas após eleição de Maduro

Acompanhe tudo sobre:Nicolás MaduroMaria Corina MachadoVenezuela

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame