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Líbia tem provas "consideráveis" para julgar filho de Kadafi

O país disputa com o TPI o direito de julgar em seu solo Saif al-Islam


	Saif al-Islam: advogado líbio disse que pode provar que Saif al-Islam ordenou os disparos contra manifestantes durante a revolta popular que levou à queda de Kadafi 
 (AFP)

Saif al-Islam: advogado líbio disse que pode provar que Saif al-Islam ordenou os disparos contra manifestantes durante a revolta popular que levou à queda de Kadafi  (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 09h19.

Haia - A Líbia tem provas "consideráveis" para julgar em seu solo Saif al-Islam, suspeito de crimes contra a humanidade, afirmou nesta terça-feira perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) um advogado deste país, que disputa neste tribunal o direito de julgar o filho do falecido Muammar Kadafi.

"A investigação na Líbia (contra Saif al-Islam) já produziu resultados consideráveis", declarou Philip Sands, advogado da Líbia, durante uma audiência perante o TPI.

"Existem muitas provas que constituirão uma ata de acusação idêntica à apresentada pelo promotor do TPI", acrescentou.

O advogado afirmou que pode provar que Saif al-Islam ordenou os disparos contra manifestantes durante a revolta popular que levou à queda do regime de Kadafi em 2011 e que organizou o recrutamento de mercenários paquistaneses para lutar contra os rebeldes.

Também teria convocado, durante uma transmissão televisionada, as forças de segurança líbias a utilizar a violência, segundo a mesma fonte.

O TPI e a Líbia disputam o direito de julgar Saif al-Islam e o ex-funcionário de inteligência líbio Abdullah al-Senussi, considerados pelo Tribunal suspeitos de crimes contra a humanidade.

As duas partes expressarão seus pontos de vista sobre o tema durante dois dias de audiências, na terça e na quarta-feira.

O julgamento de Saif al-Islam foi anunciado para o mês de setembro na cidade de Zenten, onde permanece detido desde sua prisão, em novembro de 2011, mas no dia 10 de setembro foi adiado indefinidamente pelo Gabinete do Procurador Geral da Líbia.

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