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Líbia diz que postos de petróleo do oeste reabrirão à noite

Segundo Corporação Nacional do Petróleo, manifestantes encerraram um bloqueio nos campos e nos oleodutos da região


	Trabalho em uma refinaria de petróleo na Líbia, em Al Brega: rede de oleodutos no oeste da Líbia está paralisada pelos militantes desde março
 (John Moore/Getty Images)

Trabalho em uma refinaria de petróleo na Líbia, em Al Brega: rede de oleodutos no oeste da Líbia está paralisada pelos militantes desde março (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 16h24.

Trípoli - Os campos de petróleo e oleodutos no oeste da Líbia reabrirão na noite desta segunda-feira, já que os manifestantes encerraram um bloqueio a essas instalações, informou a Corporação Nacional do Petróleo (NOC, na sigla em inglês), o que potencialmente elevará a produção líbia de petróleo em 500.000 barris por dia (bpd).

Os grandes campos produtores de El Sharara, El Feel e Wafa, bem como oleodutos que os conectam com o porto de Zawiya, vão abrir nesta segunda-feira, como também a linha de condensados de Mellitah, de acordo com o porta-voz da NOC, Mohamed al-Harari.

"Os manifestantes anunciaram que seu bloqueio acabou e todas as linhas no oeste reabrirão esta noite", disse ele.

A rede de oleodutos no oeste da Líbia está paralisada pelos militantes desde março, o que levou ao fechamento dos poços de petróleo, incluindo a produção de 340.000 bpd de El Sharara.

Um porta-voz dos manifestantes de El Sharara, Muftah Yahmid, disse à Reuters que eles alcançaram um acordo com a ajuda de líderes tribais e entregaram o campo petolífero ao controle de uma unidade de segurança das instalações petrolíferas, depois de encerrarem seu protesto.

"Nós deixamos os poços por causa da atual situação na Líbia e também pelas promessas do governo de atender nossas exigências", disse ele. "O campo está agora sob o controle da guarda".

Ele afirmou que as exigências dos manifestantes incluem mais investimento no abastecimento de água e instalações turísticas, tratamento de saúde e educação.

No entanto, parece pouco provável que haja um acordo em separado do governo com outro movimento rebelde no leste para a reabertura de grandes portos de exportação de petróleo, dada a oposição à nomeação de um novo primeiro-ministro apoiado por islamitas.

O acordo para a reabertura de dois dos quatro portos bloqueados foi alcançado em abril. Depois disso, os terminais menores, de Hariga e Zueitina, retomaram as exportações de petróleo, mas os dois maiores, os portos de Ras Lanuf e Es Sider, permanecem fechados, na dependência de negociações sobre a distribuição dos recursos do petróleo.

Três anos depois da revolta que levou à derrubada de Muammar Gaddafi, a infraestrutura petrolífera da Líbia é alvo de protestos, bloqueios e greves por parte de brigadas de ex-rebeldes que se recusam a depor as armas e reconhecer a autoridade central do país.

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