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Líbia: atentado deixa 11 mortos e dezenas de feridos

O ataque coincide com o primeiro aniversário do anúncio da "libertação" de Bani Walid, um dos bastiões do regime de Muammar Kadafi

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 22h39.

Bani Walid - Grupos de antigos rebeldes que operam sob a bandeira do Exército líbio lançaram nesta quarta-feira um ataque contra Bani Walid, um dos últimos bastiões do regime deposto de Muammar Kadhafi, deixando 11 mortos e dezenas de feridos, segundo fontes oficiais.

"Os combates de hoje provocaram quatro mártires e 19 feridos entre as forças do Escudo da Líbia", brigada de antigos rebeldes integrada ao ministério da Defesa, revelou um oficial.

O vice-diretor do hospital de Bani Walid, Abdallah al Mansuri, informou ter "recebido sete mortos e 75 feridos" entre os habitantes locais.

Já Massud al Waer, dirigente em Bani Walid, revelou que a cidade "foi bombardeada hoje a partir de três frentes".

O ataque coincide com o primeiro aniversário do anúncio da "libertação" de Bani Walid, um dos bastiões do regime de Muammar Kadhafi durante a revolução de 2011.

A cidade foi tomada pela rebelião no dia 17 de outubro de 2011, apenas três dias antes da queda do regime, com a morte de Kadhafi em Sirte, sua cidade natal.


A ameaça de ataque a Bani Walid era crescente após a morte de um ex-rebelde de Misrata, Omran Ben Chaabane, 22 anos, sequestrado e torturado na cidade.

A morte de Chaabane ampliou a tensão entre Misrata e Bani Walid, cidades vizinhas e adversárias históricas, que se aliaram a campos opostos durante o conflito do ano passado.

O Congresso Geral Nacional (CGN), máxima autoridade da Líbia, exigiu em 25 de setembro a prisão dos autores do sequestro de Ben Chaabane, "com o uso da força, se necessário". Desde então, o Exército e milícias formadas por ex-rebeldes cercam Bani Walid.

A brigada Escudo da Líbia e combatentes de Misrata afirmaram nesta quarta-feira ter recebido ordens para avançar sobre Bani Walid, mas o porta-voz do Estado-Maior, coronel Ali al Chiji, desmentiu tais instruções. "Nós não emitimos qualquer ordem de ataque".

Mais tarde, o Estado-Maior informou que o conselho de Bani Walid, que reúne os chefes tribais da cidade, concordou com a entrada do Exército regular na cidade para impor a autoridade do Estado.

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