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Libéria diz que restam apenas 5 casos de ebola no país

A Libéria chegou a registrar mais de 300 casos de ebola por semana, mas graças à mobilização internacional, o país detectou apenas 8 casos na semana passada.

OMS elogia trabalho desenvolvido no Mali para conter o surto de ebola (Ahmed Jallanzo/Agência Lusa/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2015 às 12h12.

Paris - A Libéria anunciou neste sábado que restam apenas cinco casos confirmados de ebola em seu país, onde mais de 3.500 pessoas morreram em razão da epidemia de febre hemorrágica, embora a OMS continue evocando uma situação preocupante na África Ocidental.

Nos três países mais afetados (Libéria, Guiné e Serra Leoa), a epidemia de febre hemorrágica deixou, em um ano, quase 9.000 mortos - ainda que os especialistas estimem que o balanço real seja maior.

"Temos cinco casos de ebola confirmados na Libéria atualmente", declarou à AFP o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyensuwah, que informou que três dos contágios foram registrados na capital, Monróvia, e os outros dois no nordeste do país.

Uma das vítimas era uma mulher morta na semana passada, que teria estado em contato com 25 pessoas no bairro de Paynesville, em Monróvia. Todas elas foram colocadas em quarentena.

"Isso significa que chegaremos a zero casos, se tudo correr bem e se ninguém mais adoecer em outros pontos do país", acrescentou o vice-ministro.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), cujos balanços diferem com frequência dos elaborados pelos países afetados, não confirmou este anúncio.

No auge da epidemia, em agosto e setembro, a Libéria registrava mais de 300 novos casos a cada semana. Mas graças a uma grande mobilização internacional e à chegada de centenas de trabalhadores sanitários, a Libéria detectou apenas oito novos casos na semana passada.

Situação "extremadamente preocupante"

Em seu último relatório, a OMS informou que pelo menos 8.688 pessoas perderam a vida entre os 21.759 casos de contágio registrados desde o início da epidemia há mais de um ano na Guiné.

Apesar de progressos importantes, para a OMS a situação continua sendo "extremadamente preocupante".

Na Guiné, foram detectados 20 novos casos contra os 45 da semana anterior, enquanto Serra Leoa registrou 117 contágios na semana passada contra os 184 da semana anterior.

Serra Leoa, que conta com seis milhões de habitantes, anunciou a suspensão das medidas de quarentena que o governo decretou em seis das 14 províncias do país, ou seja, para quase metade da população após a instalação do estado de emergência no final de julho de 2014.

Mas o anúncio ocorreu no mesmo dia em que a OMS declarou a situação como "extremamente alarmante" e que os avanços feitos até agora poderão ser rapidamente perdidos a menos que se disponibilize US$ 250 milhões para dar continuidade à luta contra a doença nos próximos meses.

"Ainda estamos em uma situação muito, muito perigosa com este vírus", disse a jornalistas, em Genebra, o número dois da OMS, Bruce Aylward.

"Especialmente agora, que estamos nos encaminhando, muito em breve, para a temporada chuvosa. Ela nos atingirá em abril, maio tornará a resposta muito mais complicada", prosseguiu.

A gigante farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) informou ontem que sua candidata a vacina contra o ebola deverá chegar à Libéria ainda na próxima sexta-feira.

O lote de 300 doses será o primeiro a chegar a um dos países mais castigados pela epidemia e será usado em testes conduzidos pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos nas próximas semanas com até 30.000 pessoas.

Cerca de 200 voluntários já estão testando a candidata a vacina em testes em menor escala na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos, na Suíça e no Mali, e os resultados iniciais demonstram que o imunizante é seguro.

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Paris - A Libéria anunciou neste sábado que restam apenas cinco casos confirmados de ebola em seu país, onde mais de 3.500 pessoas morreram em razão da epidemia de febre hemorrágica, embora a OMS continue evocando uma situação preocupante na África Ocidental.

Nos três países mais afetados (Libéria, Guiné e Serra Leoa), a epidemia de febre hemorrágica deixou, em um ano, quase 9.000 mortos - ainda que os especialistas estimem que o balanço real seja maior.

"Temos cinco casos de ebola confirmados na Libéria atualmente", declarou à AFP o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyensuwah, que informou que três dos contágios foram registrados na capital, Monróvia, e os outros dois no nordeste do país.

Uma das vítimas era uma mulher morta na semana passada, que teria estado em contato com 25 pessoas no bairro de Paynesville, em Monróvia. Todas elas foram colocadas em quarentena.

"Isso significa que chegaremos a zero casos, se tudo correr bem e se ninguém mais adoecer em outros pontos do país", acrescentou o vice-ministro.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), cujos balanços diferem com frequência dos elaborados pelos países afetados, não confirmou este anúncio.

No auge da epidemia, em agosto e setembro, a Libéria registrava mais de 300 novos casos a cada semana. Mas graças a uma grande mobilização internacional e à chegada de centenas de trabalhadores sanitários, a Libéria detectou apenas oito novos casos na semana passada.

Situação "extremadamente preocupante"

Em seu último relatório, a OMS informou que pelo menos 8.688 pessoas perderam a vida entre os 21.759 casos de contágio registrados desde o início da epidemia há mais de um ano na Guiné.

Apesar de progressos importantes, para a OMS a situação continua sendo "extremadamente preocupante".

Na Guiné, foram detectados 20 novos casos contra os 45 da semana anterior, enquanto Serra Leoa registrou 117 contágios na semana passada contra os 184 da semana anterior.

Serra Leoa, que conta com seis milhões de habitantes, anunciou a suspensão das medidas de quarentena que o governo decretou em seis das 14 províncias do país, ou seja, para quase metade da população após a instalação do estado de emergência no final de julho de 2014.

Mas o anúncio ocorreu no mesmo dia em que a OMS declarou a situação como "extremamente alarmante" e que os avanços feitos até agora poderão ser rapidamente perdidos a menos que se disponibilize US$ 250 milhões para dar continuidade à luta contra a doença nos próximos meses.

"Ainda estamos em uma situação muito, muito perigosa com este vírus", disse a jornalistas, em Genebra, o número dois da OMS, Bruce Aylward.

"Especialmente agora, que estamos nos encaminhando, muito em breve, para a temporada chuvosa. Ela nos atingirá em abril, maio tornará a resposta muito mais complicada", prosseguiu.

A gigante farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) informou ontem que sua candidata a vacina contra o ebola deverá chegar à Libéria ainda na próxima sexta-feira.

O lote de 300 doses será o primeiro a chegar a um dos países mais castigados pela epidemia e será usado em testes conduzidos pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos nas próximas semanas com até 30.000 pessoas.

Cerca de 200 voluntários já estão testando a candidata a vacina em testes em menor escala na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos, na Suíça e no Mali, e os resultados iniciais demonstram que o imunizante é seguro.

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