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Liberdade de expressão não abrange insultos, diz Turquia

Davutoglu afirmou que "a publicação da charge é uma grande provocação (...) liberdade de imprensa não significa liberdade de insultar"

O primeiro-ministro turco Ahmed Davutoglu discursa durante uma reunião no parlamento de Ancara, na Turquia: "não podemos aceitar os insultos ao profeta" (Adem Altan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 09h42.

Ancara - O primeiro-ministro islamita-conservador turco , Ahmet Davutoglu, denunciou nesta quinta-feira a publicação de uma nova charge do profeta Maomé na capa da revista satírica Charlie Hebdo, ao considerar que a liberdade de expressão não é "a liberdade de insultar".

"A publicação da charge é uma grande provocação (...) liberdade de imprensa não significa liberdade de insultar", declarou Davutoglu à imprensa em Ancara antes de viajar a Bruxelas.

"Não podemos aceitar os insultos ao profeta" Maomé, insistiu.

Davutoglu marchou junto a 50 líderes mundiais na grande manifestação do último domingo em Paris em repulsa aos atentados na capital francesa que deixaram 17 mortos e em defesa, sobretudo, da liberdade de expressão.

Na capa do primeiro número da Charlie Hebdo após o atentado contra sua sede parisiense em 7 de janeiro, Maomé aparece chorando com um cartaz escrito "Je suis Charlie" e sob o título "Tudo está perdoado".

A charge provocou inúmeras condenações e ameaças no mundo muçulmano.

Um tribunal turco ordenou na quarta-feira o bloqueio de todos os sites que publicaram a capa, classificando-a de "insulto aos fiéis".

Um jornal de oposição turco, Cumhuriyet, desafiou sozinho estas pressões publicando o desenho em um suplemento que retomou os principais artigos e desenhos da última edição da revista francesa, traduzidos ao turco.

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"A publicação da charge é uma grande provocação (...) liberdade de imprensa não significa liberdade de insultar", declarou Davutoglu à imprensa em Ancara antes de viajar a Bruxelas.

"Não podemos aceitar os insultos ao profeta" Maomé, insistiu.

Davutoglu marchou junto a 50 líderes mundiais na grande manifestação do último domingo em Paris em repulsa aos atentados na capital francesa que deixaram 17 mortos e em defesa, sobretudo, da liberdade de expressão.

Na capa do primeiro número da Charlie Hebdo após o atentado contra sua sede parisiense em 7 de janeiro, Maomé aparece chorando com um cartaz escrito "Je suis Charlie" e sob o título "Tudo está perdoado".

A charge provocou inúmeras condenações e ameaças no mundo muçulmano.

Um tribunal turco ordenou na quarta-feira o bloqueio de todos os sites que publicaram a capa, classificando-a de "insulto aos fiéis".

Um jornal de oposição turco, Cumhuriyet, desafiou sozinho estas pressões publicando o desenho em um suplemento que retomou os principais artigos e desenhos da última edição da revista francesa, traduzidos ao turco.

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